terça-feira, 1 de abril de 2014

Anistia Internacional adverte sobre espiral da violência na Venezuela

A Anistia Internacional (AI) advertiu nesta terça–feira contra “o aumento da violência” na Venezuela, onde há quase dois meses de protestos já deixou 40 mortos e pediu urgência ao governo Nicolás Maduro a respeitar os Direitos Humanos.

 “Os direitos humanos se impõem na frente da agenda política na Venezuela. A Venezuela corre o risco de entrar numa espiral de violência”, afirmou Esteban Beltrán, diretor da seccional espanhola da Anistia Internacional (AI).

Se essa tendência não se reverter, o país se verá enfrentando “um número cada vez maior de abusos e violações dos direitos humanos”, com violência policial, assédio a jornalistas e detenções arbitrárias, contém o informe. “Na Venezuela os direitos humanos correm risco em meio aos protestos”.       

A organização está especialmente “preocupada com o uso de armas de fogo contra manifestantes”, afirmou Nurla García, investigadora da AI.

O informe da AI, entre outros casos, relata o caso do estudante Génesis Carmona, de 22 anos, morto em 18 de fevereiro, supostamente baleado por “um grupo armado pelo governo”, com sendo disparado pela arma do guarda Giovanny José Pantoja Hernandéz, de armas de “pessoas não identificadas”.  

Segundo esse informe, desde o inicio dos protestos, já foram mortas 40 pessoas e mais de 550 feridas, 120 delas por armas de fogo. O balanço feito pelo governo venezuelano o número e de 39 mortos.

García insistiu que todos os casos denunciados “são inaceitáveis” e devem ser investigados. com El Universal (VEN)

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