Quem como eu acompanhou de perto todo o
processo de sucateamento e posterior privatização da Companhia Energética do
Maranhão (CEMAR), por falta de investimentos, percebe alguma semelhança com o
que ora acontece com a Eletrobrás Distribuição Piauí.
Os serviços prestados pela Cemar eram
tão ruins, que é era muito comum se ouvir pelos corredores e na sala de
atendimento dessa empresa, o consumidor reclamar e pedir a privatização da
maior empresa do governo do estado do Maranhão. Hoje a Cemar pertence à
Equatorial Energia, com sede em São Luis e que também controla a Centrais
Elétricas do Pará S/A (CELPA).
O serviço oferecido hoje pela Cemar
sofrível. A começar pelo atendimento que é feito através de Call Center,
um tipo atendimento impessoal e feito por um atendente virtual. Através desse
sistema de atendimento, ninguém fala, sequer, com um gerente regional.
Municípios pequenos como Matões e Parnarama são atendidos pelo escritório
regional de Timon.
O problema de interrupção constante do
fornecimento de energia no estado do Piauí, não é por falta de energia, porque
com o sistema elétrico brasileiro interligado, na incapacidade da Companhia Hidro Elétrica do São
Francisco (CHESF) não poder atender
temporariamente o fornecimento de energia no estado do Piauí, a Eletronorte é
acionada e o fornecimento é restabelecido.
O Sistema Interligado Nacional com
tamanho e características que permitem considerá-lo único em âmbito mundial.
Esse sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil é um
sistema hidrotérmico de grande porte, com forte predominância de usinas
hidrelétricas. O Sistema Interligado Nacional é formado pelas empresas das
regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte. Apenas
1,7% da energia requerida pelo país encontra-se fora do SIN, em pequenos
sistemas isolados localizados principalmente na região amazônica.
Já disse aqui mesmo neste espaço e
repito: A Eletrobrás Distribuição Piauí está sendo preparada para vendida para
a Equatorial Energia. Não é à toa que muitos dos seus diretores são
remanescentes da antiga Cemar, como o engenheiro Marcelino Machado Neto.
Agora, a culpa mesmo pela ocorrência
constante de apagões que provocam desconforto e causam prejuízos à população é
dos políticos piauienses que não tem peso político nacional. Essa é a grande
verdade.
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