quarta-feira, 9 de abril de 2014

Foi assim que aconteceu com a antga CEMAR

Quem como eu acompanhou de perto todo o processo de sucateamento e posterior privatização da Companhia Energética do Maranhão (CEMAR), por falta de investimentos, percebe alguma semelhança com o que ora acontece com a Eletrobrás Distribuição Piauí.

Os serviços prestados pela Cemar eram tão ruins, que é era muito comum se ouvir pelos corredores e na sala de atendimento dessa empresa, o consumidor reclamar e pedir a privatização da maior empresa do governo do estado do Maranhão. Hoje a Cemar pertence à Equatorial Energia, com sede em São Luis e que também controla a Centrais Elétricas do Pará S/A (CELPA).

O serviço oferecido hoje pela Cemar sofrível. A começar pelo atendimento que é feito através de Call Center, um tipo atendimento impessoal e feito por um atendente virtual. Através desse sistema de atendimento, ninguém fala, sequer, com um gerente regional. Municípios pequenos como Matões e Parnarama são atendidos pelo escritório regional de Timon.

O problema de interrupção constante do fornecimento de energia no estado do Piauí, não é por falta de energia, porque com o sistema elétrico brasileiro interligado, na incapacidade da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) não poder atender temporariamente o fornecimento de energia no estado do Piauí, a Eletronorte é acionada e o fornecimento é restabelecido.

O Sistema Interligado Nacional com tamanho e características que permitem considerá-lo único em âmbito mundial. Esse sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil é um sistema hidrotérmico de grande porte, com forte predominância de usinas hidrelétricas. O Sistema Interligado Nacional é formado pelas empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte. Apenas 1,7% da energia requerida pelo país encontra-se fora do SIN, em pequenos sistemas isolados localizados principalmente na região amazônica.

Já disse aqui mesmo neste espaço e repito: A Eletrobrás Distribuição Piauí está sendo preparada para vendida para a Equatorial Energia. Não é à toa que muitos dos seus diretores são remanescentes da antiga Cemar, como o engenheiro Marcelino Machado Neto.

Agora, a culpa mesmo pela ocorrência constante de apagões que provocam desconforto e causam prejuízos à população é dos políticos piauienses que não tem peso político nacional. Essa é a grande verdade. 

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