“Quem rouba milhões, mata milhões.” (Deltan Dallagnol)
Um país com baixo nível de corrupção é possível?
Depende dos seus cidadãos. Se a sociedade cerrar fileiras com o Poder
Judiciário e o Ministério Público e apoiar essas duas instituições no combate
aos bandidos de colarinho de toda cor que comandam grandes empreiteiras,
servidores públicos que se deixam corromper e políticos, um país com baixo
índice de corrupção é possível.
O povo brasileiro com o julgamento da ação penal
470, mais conhecida como Mensalão, acreditou piamente que esse julgamento teria
um efeito pedagógico numa sociedade, onde a imoralidade, sobretudo, no setor
público existe quase que de maneira institucionalizada, haja vista, o grande
número de escândalo que se sucede a todo o momento em todos os poderes, no
Governo Federal nos estados e municípios. Mas essa esperança durou pouco,
porque, as condenações que poderiam ser exemplares, acabaram sendo suavizadas,
atendendo a interesses estranhos aos interesses do povo brasileiro, que é poder
ter orgulho de viver numa nação decente. Dos réus do Mensalão, poucos continuam
atrás das grades. A maioria foi beneficiada pela dosimetria e pelo indulto de
Natal.
Com a Operação Lava-Jato, eis que ressurge a
esperança de que este país seja passado a limpo e que este país deixe de ser
tolerante com a corrupção, com os corruptos e corruptores. Isso graças ao
trabalho que vem sendo desenvolvido pelo juiz federal Sérgio Moro e o
procurador da república Deltan Dellagnol.
Com essa operação, está sendo possível sonhar mais
uma vez com uma condenação que sirva de exemplo e de fator inibidor da
corrupção levada a efeito por empresários, servidores públicos e políticos que
escolheram o caminho fácil do enriquecimento por meio de assaltos repetidos aos
cofres públicos.
O procurador da república Deltan Dallagnol defende
punições duras contra corruptos e corruptores (ladrões do Brasil) e que
funcione como efeito pedagógico. Mas existem aqueles que defendem penas
brandas, sob alegação de que os presídios não suportam mais tanto bandido vendo
o Sol nascer quadrado. Esses últimos são os defensores do nosso modelo atual de
país. Uma verdadeira casa da sogra ou da mãe Joana.
A solução para o problema de super lotação nos
presídios está na soltura dos ladrões de galinhas e criminosos que mataram em
legitima defesa.
Joachim
Arouche
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