Querer negar o óbvio, não ajuda em nada na solução de
uma séria crise de natureza política, moral e ética que o Brasil vive neste
momento. Essa crise tem no seu componente político, o seu viés mais perigoso,
porque o PMDB que faz parte diretamente do Governo Federal, por ser o partido
do vice-presidente, na sua sede insaciável de poder age como se fosse oposição,
fragilizando o governo, para conquistar mais nacos de poder. E o PMDB ao
assumir essa oposição bastante arriscada, porque fortalece a verdadeira
oposição, coloca em risco o futuro do governo Dilma Rousseff, do Partido dos
Trabalhadores (PT) e o seu próprio futuro.
A crise moral que compromete a imagem do governo
brasileiro, interna e externamente, como mais um escândalo, como esse do
Petrolão, numa alusão ao rumoroso escândalo do Mensalão, coloca em risco as
instituições brasileiras, porque revela os nervos expostos da nação ao mundo e
aponta a falta de sintonia que existe entre os três poderes da república; com
cada um fazendo seu jogo particular e sem compromisso com a moralidade pública ao
permitir que o Brasil seja dominado por contraventores que investem na
impunidade.
A crise ética, que aqui aparece em terceiro lugar em
importância, na realidade deveria encabeçar essa terrível crise, porque, a
ausência da ética nas relações públicas e privadas em qualquer país, revela a
falta de caráter do seu povo. E a liberdade de ação de corruptores e corruptos
é a comprovação do estado de debilidade de uma nação que é muito complacente
com bandidos. Seja de colarinho branco, marron ou verde.
Nós os brasileiros devemos nos empenhar na recuperação
da reputação do nosso país, ajudando na luta pelo desmascaramento dos
brasileiros que colocaram as suas ambições acima dos interesses pátrios.
O Brasil precisa mudar, mas não é dando um passo atrás, resgatando
um partido cuja história está manchada com o aliciamento e compra de
parlamentares para votar o projeto do instituto da reeleição. Refiro-me ao
PSDB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário