A crise que atravessa o Brasil é de falta de confiança da
população com relação ao Governo Federal e aos congressistas.
Hoje todo mundo anda especulando sobre uma saída para a
terrível crise de confiança que se abateu sobre o Poder Executivo e o Poder
Legislativo. Os cientistas e jornalistas políticos andam quebrando cabeça
contra o muro das maiores instituições da república, incluindo o Poder
Judiciário e não conseguem descobrir uma saída, porque toda vez que a luz se
acende no final do túnel, eis que um novo escândalo abala o país, colocando em
risco a governabilidade.
Na realidade o Brasil está mergulhado em duas grandes
crises: uma política e outra econômica. Cada uma pior do que a outra. A crise
política é uma conseqüência da crise econômica ou vice-versa, porque, ambas são
causas e efeitos uma da outra e como os nossos congressistas, com a exceção de
praxe, são vinho de um mesmo barril, ou seja, políticos com uma mesma cultura,
criados e orientados pela máxima do São Francisco de Assis que diz, “que é
dando que se recebe e é perdoando que se é perdoado”. É que os políticos
brasileiros só apóiam e votam com governo, sob a condição de serem contemplados
com nacos do poder e a liberação de emendas.
O ajuste fiscal que está sendo colocado em prática pelo
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se por um lado aponta na direção da
recuperação econômica no médio e longo prazo, por outro lado, cria desconforto
e medo na população que vai ser afetada pelos cortes de benefícios
trabalhistas, dificuldade de acesso ao crédito, aumento sucessivos das tarifas
de energia elétrica, água e no reajuste dos derivados de petróleo - que afeta
diretamente toda a cadeia produtiva e conseqüentemente irá provocar demissões.
Mas o que faz aumentar o descrédito no Governo Federal e
na classe política em geral é o fato da presidenta Dilma Rousseff não tomar a
iniciativa de reduzir o excessivo e desnecessário número de ministérios, o que
automaticamente reduziria o gasto com pessoal. De ministérios que na realidade
só existem para que os seus cargos sejam usados no balcão de negócios que
existe, para transacionar cargos entre o poder Executivo e Legislativo, toda
vez que o governo necessita de votos para aprovar ou barrar um projeto que é do
seu interesse.
Os nossos congressistas, com as honrosas exceções, só
votam e apóiam o governo na base do toma lá dá cá.
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