Os discursos de campanha são quase todos iguais. Com
exceção do discurso de partidos como o Partido Solidariedade e Liberdade (PSOL),
que assim como o Partido dos Trabalhadores (PT) nos seus primórdios, fazia um
discurso bastante realista, sem demagogia e prometia governar de maneira
diferente. O que hoje está mais do que provado, o PT não conseguiu, porque no
poder se nivelou aos partidos tradicionais que antes combatia.
As dificuldades que hoje a presidenta Dilma Rousseff
está enfrentando, não constaram dos seus discursos, assim como não constaram
dos discursos do seu principal opositor, o tucano Aécio Neves que se tivesse
sido eleito, o seu provável ministro da Fazenda, o economista Armínio Fraga, que
estaria adotando as mesmas medidas adotadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim
Levy.
As medidas amargas de ajuste fiscal, que Joaquim Levy
defende e que dependem da votação e aprovação do Congresso Nacional, em que
pese os efeitos iniciais ruins para a manutenção e a geração de empregos, neste
momento são necessárias e inevitáveis para que o Brasil no médio e longo prazo
se recupere desta crise terrível e volte a crescer. Nenhum governante sério
deixaria da adotar as medidas de ajuste fiscal que o governo Dilma Rousseff
está tomando.
Se o governo da presidenta Dilma Rousseff conseguir
proteger os programas sociais de uma crise, que por onde passou deixou um ambiente de pobreza e desesperança,
como na Grécia, já pode se dar por satisfeita e respirar aliviada.
O erro do ex-presidente Lula foi ter subestimado a crise
financeira internacional que ele classificou como uma marolinha, quando na
realidade se trata de um verdadeiro tsunami econômico e financeiro - que deixou
de joelhos as maiores economia mundiais. Até a República Popular da China,
considerada o segundo motor da economia mundial, está sofrendo os efeitos de
uma crise que reduziu o poder de compra de mercados cativos.
O Brasil para sobreviver a essa grave crise que
atravessa precisa reunir numa mesma mesa o governo federal e oposição para
conjuntamente formarem um pacto, no modelo do Pacto de Moncloa que salvou a
Espanha de uma Hecatombe.
Dai a necessidade da procura de um guia providencial
(líder) capaz de unir o país em torno de um projeto de salvação nacional. Um
líder que esteja acima dos nossos principais partidos.
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