Que o brasileiro não se surpreende e nem se escandaliza
mais com os escândalos de corrupção na vida pública nacional, isso é fato. Se o
povo brasileiro ainda se escandalizasse com os malfeitos da nossa classe dirigente,
este país teria levado um choque e teria ficado traumatizado com as matérias publicadas
na revista VEJA edição 2432, ano 48 e nº 26.
A manchete de capa: “À sobra do delator” já nos remete
para a extensa matéria que mostra às vísceras do poder brasileiro, com tamanha
riqueza de detalhes que chega a provocar engulhos nos leitores sensíveis e nas
pessoas capazes de ainda se chocarem diante de revelações tão estarrecedoras.
E o mais preocupante nessa matéria de capa da revista VEJA é o numero de
envolvidos no esquema do Petrolão e a presença de políticos dos mais
importantes e maiores partidos brasileiros. Com destaque, para o Partido Progressista
(PP), que tem o maior número de políticos envolvidos e beneficiários desse
esquema criminoso.
O escândalo do Petrolão é uma repetição do esquema do
Mensalão, até pela presença de políticos envolvidos nos dois escândalos. O
petista Zé Dirceu é um dos integrantes dos dois esquemas, segundo o delator
Ricardo Pessoa.
Nessa mesma
revista, o leitor terá a oportunidade de ler na sua última página, o artigo, O
fogo de Curitiba de autoria do jornalista J. R. Guzzo, um dos mais brilhantes
jornalistas da VEJA e quiçá do Brasil. Esse texto de Guzzo poderia ser classificado como um
primor de texto jornalístico se o que esse jornalista descreve não fosse tão apocalíptico. Guzzo fecha
o seu artigo com a seguinte frase: “O fogo de Curitiba, com o correr do tempo e
a coleta de provas, deverá estar cada vez mais longe dele. Está cada vez mais
próximo”. Essa frase se refere a Lula.
Nas delações de Ricardo Pessoa aparece nomes de políticos do PP, PT, PMDB, PSDB e PTB. Assim fica fácil praticar o assassinato de qualquer CPI, ainda mais quando existem parlamentares dispostos a assassinarem comissões parlamentares de inquérito (CPI).
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Nas delações de Ricardo Pessoa aparece nomes de políticos do PP, PT, PMDB, PSDB e PTB. Assim fica fácil praticar o assassinato de qualquer CPI, ainda mais quando existem parlamentares dispostos a assassinarem comissões parlamentares de inquérito (CPI).
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