segunda-feira, 6 de julho de 2015

Juntos e misturados




“A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”. (Karl Marx)

Que o brasileiro não se surpreende e nem se escandaliza mais com os escândalos de corrupção na vida pública nacional, isso é fato. Se o povo brasileiro ainda se escandalizasse com os malfeitos da nossa classe dirigente, este país teria levado um choque e teria ficado traumatizado com as matérias publicadas na revista VEJA edição 2432, ano 48 e nº 26.

A manchete de capa: “À sobra do delator” já nos remete para a extensa matéria que mostra às vísceras do poder brasileiro, com tamanha riqueza de detalhes que chega a provocar engulhos nos leitores sensíveis e nas pessoas capazes de ainda se chocarem diante de revelações tão estarrecedoras.

E o mais preocupante nessa matéria de capa da revista VEJA é o numero de envolvidos no esquema do Petrolão e a presença de políticos dos mais importantes e maiores partidos brasileiros. Com destaque, para o Partido Progressista (PP), que tem o maior número de políticos envolvidos e beneficiários desse esquema criminoso.

O escândalo do Petrolão é uma repetição do esquema do Mensalão, até pela presença de políticos envolvidos nos dois escândalos. O petista Zé Dirceu é um dos integrantes dos dois esquemas, segundo o delator Ricardo Pessoa.

Nessa mesma revista, o leitor terá a oportunidade de ler na sua última página, o artigo, O fogo de Curitiba de autoria do jornalista J. R. Guzzo, um dos mais brilhantes jornalistas da VEJA e quiçá do Brasil. Esse texto de Guzzo poderia ser classificado como um primor de texto jornalístico se o que esse jornalista descreve não fosse tão apocalíptico. Guzzo fecha o seu artigo com a seguinte frase: “O fogo de Curitiba, com o correr do tempo e a coleta de provas, deverá estar cada vez mais longe dele. Está cada vez mais próximo”. Essa frase se refere a Lula.

Nas delações de Ricardo Pessoa aparece nomes de políticos do PP, PT, PMDB, PSDB e PTB. Assim fica fácil praticar o assassinato de qualquer CPI, ainda mais quando existem parlamentares dispostos a  assassinarem comissões parlamentares de inquérito (CPI). 

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