Pela demonstração e ostentação de riquezas da maioria
expressiva dos parlamentares brasileiros, não é preciso nem uma investigação
rigorosa para que a Polícia Federal (PF) descubra que as suas investigações estão
no caminho certo. Essa compreensão estende-se ao chefes dos poderes executivos.
No Brasil, basta apenas um mandato parlamentar ou no
comando de um dos poderes executivos, para que quem vivia em dificuldades
financeiras, melhore de maneira considerável de vida, ou seja, se era pobre ficou
rico e se já era rico ficou riquíssimo.
Via de regra, o político profissional no exercício do
mandato tem um laranja ou um operador, alguém que aceita lavar dinheiro da
corrupção. É muito comum se ouvir no Brasil alguém dizer, fulano de tal é o
laranja ou fulano é o operador do sistema.
Na região Nordeste, as grandes fortunas não pertencem a
empresários, mas aos políticos profissionais. Uma gente que não precisou nem
estudar, bastando apenas os seus pais, amigos ou investidores bancarem os seus
primeiros passos numa política viciada, onde um mandato, sobretudo o
parlamentar se conquista comprando currais eleitorais inteiros.
Comprar um mandato para o Poder Executivo é mais difícil,
mais o dinheiro sempre ajuda em qualquer negócio. É óbvio que existem as raríssimas
exceções. Um número muito reduzido, quase ínfimo de políticos que se elegem com
base num discurso e na sua biografia.
No Partido dos Trabalhadores (PT) políticos que no
inicio das suas carreiras faziam campanhas em carros populares e comiam
quentinhas nas sedes dos sindicatos, hoje tem verdadeiras frotas de caminhonetas
do tipo Hilux, Amarok e Mitsubishi L-200 para fazem campanha política.
Os políticos brasileiros querem é ‘causar’, sem se preocuparem
com a suas exposições.
A propósito: a Operação Lava-Jato ameaça colocar atrás
das grandes mais de duas dezenas de políticos de todas as matizes e cores partidárias.
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