Não é por falta de doutores que este país não decola, porque
doutores nós temos a 'dar com o pau', como se diz na gíria. No Brasil o sujeito conquista
um canudo e depois fica com a cara para cima, porque não sabe o que fazer da
vida; porque ele não tem experiência e segurança para disputar uma vaga no mercado
de trabalho onde a experiência conta muito mais do que uma graduação ou vários
MBS.
Não é à toa que o Brasil é conhecido como o país dos
doutores. Aqui todo mundo quer ser chamado de doutor, embora muitos daqueles
que exigem serem chamados de doutores nunca tenham feito sequer uma especialização,
um mestrado; a porta de entrada para o doutorado e o pós-doutorado.
Neste país a cultura do doutor é tão forte - que o
próprio governo estimula às pessoas pobres a buscarem uma graduação, quando
deveriam primeiro adquirir um curso profissionalizante que lhes garantiria uma colocação
no mercado de trabalho e posteriormente reunir condições para cursar um
curso de nível superior. O FIES que não me deixa mentir.
Neste país as coisas acontecem via de regra de cima para
baixo. A expansão dos Institutos Federais de Educação foi uma excelente ideia,
mas acontece que esses institutos não cumprem as suas verdadeiras finalidades,
porque a começar pelo professor que não permanece no local para onde foi
designado através do curso e em muitos casos, os cursos não atendem a vocação econômica
do estado ou município.
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