terça-feira, 28 de junho de 2016

“Agora é tarde e Inês é morta”


"O erro mais óbvio que eu cometi foi a aliança que eu fiz para conduzir a presidência nesse segundo mandato, com uma pessoa que tomou atitudes de traição e usurpação. [...] Eu errei em fazer aliança com esse grupo político". (Dilma Rousseff)

Agora é tarde e Inês é morta ou não adianta chorar pelo leite derramado.

Nessa sua frase, a presidenta afastada Dilma Rousseff admite ter cometido um grave erro ao repetir coligação com o PMDB e tendo Michel Temer como seu companheiro de chapa. Todavia, o maior erro do Partido dos Trabalhadores (PT) foi ter eleito um projeto de 20 anos ou mais de poder.

O PT para permanecer no poder por muito tempo teve que vender sua alma ao demo. O demo no caso é o PMDB que apoia, mas em troca quer metade ou mais do governo.

O Mensalão foi um protejo pensado e colocado em prática para que o PT tivesse o apoio necessário para implementar as suas políticas assistencialista, clientelista, paternalista e patrimonialista. O que acabou não dando certo, porque os idealizadores também tiraram os seus quinhões e foram com tanta sede ao pote que acabaram se afogando.   

O PT para executar seu projeto de poder e garantir a governabilidade teve que se submeter às exigências do PMDB e apreender como fazer caixa.

O PMDB ensinou muito ao PT, mas não lhe ensinou o pulo do gato, o segredo, manobra de como safar-se de determinada situação. E o PMDB malandramente ao perceber que PT dependia dele para se manter no poder, passou a jogar cascas de banana no caminho de Dilma Rousseff para fazê-la se perder e abrir caminho para seu governo. E com isso, passando de força auxiliar para ator principal. 

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