“Adeus às ilusões, adeus, tudo já passou, morreu”.
A ilusão é o nosso maior conforto. Quando ela deixa de
existir, nada mais importa e o ‘futuro certo bate à nossa porta. O nosso futuro
certo é a morte inevitável.
Não é à toa, que a juventude é o melhor momento das nossas
vidas, porque tudo o que fizemos e vivemos se esconde por trás da ilusão.
Quando jovem, tudo para nós é otimismo, certeza e
esperança - num futuro que virá e acontecerá. Na juventude não existe espaço
para o pessimismo, não existe problema sem solução e lugar para o abatimento, o
desanimo e a tristeza.
Mas, como o tempo passa inexorável, eis que chega o
momento em que a velhice aparece e tudo se transforma. Na velhice, ao contrário
da juventude não existe espaço para o irreal, a fantasia e o sonho.
A velhice acaba sendo um ajuste de contas com um passado
que vivemos sem nos preocuparmos com o que viria depois. Essa nossa consciência
da fatalidade presente na velhice, não nos autoriza a condenar o passado,
porque na vida só o presente é o que importa.
Na velhice o realismo é cruel, mas não há como fugir desse
destino que não cede ou se abala diante das preces, súplicas e rogos
Por Tomazia Arouche
Nenhum comentário:
Postar um comentário