A presença da esposa do ex-deputado federal Eduardo Cunha,
Cláudia Cruz, na carceragem da Polícia Federal na cidade de Curitiba - em
visita ao seu esposo preso pela Operação Lava Jato, acompanhada de um advogado
especialista em fazer acordo de delação premiada é bastante elucidativa e sugestiva.
Essa ameaça foi relatada na coluna Radar da revista Veja, lá
atrás, no mês de julho deste ano. Depois que esse parlamentar cassado conseguiu
afastar a presidente Dilma Rousseff do governo, após a Câmara Federal ter
aceito o pedido de impeachment contra
ela.
Sobre o que Eduardo Cunha sabe da biografia do presidente
Michel Temer, das negociatas do PMDB com os governos Dilma e Lula e da cúpula do
seu partido, ninguém tem dúvida de que ele será capaz de implodir um governo
que mal consegue se manter de pé.
Na revista Época que circula nesta semana, Eduardo Cunha,
afirma que o PMDB cobrou R$ 40 milhões do PT para apoiar a chapa de Dilma-Temer
em 2014. O acordo secreto, segundo ele, foi fechado no primeiro semestre de
2014 por Aloizio Mercadante, homem de confiança de Dilma, e pelo senador Valdir
Raupp, que presidia o PMDB.
Como ninguém ousará pedir ou interceder por Cunha junto ao
juiz federal Sérgio Moro, ao preso Eduardo Cunha só restam duas alternativas: aceitar
o benefício da delação premiada e escrever o seu livro de memórias e escancarar
ao país os segredos do PMDB e da sua cúpula.
Com a delação premiada e o seu livro de memórias, Cunha
detonará o país. Quem viver verá!
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