O Rio de Janeiro vive num estado de guerra
permanente
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“Obedecemos ao poder paralelo. Prefiro ter prejuízo a
sofrer represálias. É assim que funciona, eles mandam aqui. Todo mundo precisa
pedir autorização, não só nós”. (Manifestação de pessoas anônimas que são obrigadas a se submeterem as exigências e as
cobranças dos agentes do poder não oficial).
No Brasil, nós conviemos com dois estados: o estado
oficial e o estado paralelo. O primeiro exercido por políticos eleitos pelo “voto
popular” e o segundo representado pelo narcotráfico, pelas milícias e pelos
contraventores que comandam o jogo do bicho, que é proibido mas que funciona
como se legal ele fosse.
O poder paralelo em estados como Rio de Janeiro é tão
forte, que em que pese os esforços do governo estadual e federal para combatê-lo,
esses esforços que passam pela mobilização das Forças Armadas e da Polícia Federal,
não conseguem sequer enfraquecer esse poder nada invisível.
Um poder extraoficial que cresce e se impõem no vácuo
deixado pelo estado oficial. Ocorre que o poder paralelo a cada dia que passa
emprega muito mais trabalhadores. O estado paralelo que conta com um grande
exército equipado com equipamentos de ultima geração.
Quanto mais o estado oficial diminui e desassiste os
excluídos, mas o estado paralelo se agiganta e ocupa espaço numa sociedade que
não faz segredo ao afirmar que prefere a presença dos contraventores do que das
policias.
No estado do Rio de Janeiro, policiais corruptos que
serviam aos chefões do tráfico, resolveram deixar de serem servidores e
partiram para criar os seus próprios negócios: esses são os milicianos.
Em tempo: o poder paralelo já se faz presente em todos os
estados da federação, sendo que os estados nordestinos, cujo modo de vida se
assemelha ao carioca, essa presença é maior. É que os seus comandantes preferem
instalar suas bases de operação nas cidades litorâneas.
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