No
Brasil de hoje em dia ninguém acredita em ninguém. Só em deus e olhe lá!
São esses dois sentimentos que movem o povo brasileiro. Dois
sentimentos negativos, e que não contribuem para este país sair do fundo do
poço, onde foi jogado, por uma classe política descomprometida com a sua nação e
voltada exclusivamente para os seus interesses particulares, de grupo e dos
seus financiadores de campanha.
Sem que os políticos brasileiros mudem sua cultura
política, dificilmente o Brasil se tornará uma nação respeitada, admirada e com
um futuro digno assegurado.
O que prevalece na política nacional é a cultura do levar
vantagem em tudo. Isso quer dizer que o político se elege para um mandato, não
para trabalhar pelo bem comum, mas para fazer fortuna. É muito comum neste país
nos depararmos com ex-prefeito, ex-vereadores, ex-deputados estaduais e
federais que ao fim de único mandato apresentam uma evolução patrimonial invejável.
Patrimônio esse que não resiste a uma investigação séria e criteriosa.
No estado do Maranhão na década de 90, um ex-vaqueiro que
foi catapultado na política pelo seu patrão, que na impossibilidade de disputar
um terceiro mandato escolheu o seu empregado para ser o seu substituto no comando
da prefeitura de Sucupira (nome fictício), o que conseguiu.
Moral da história: nos primeiros meses do seu mandato, o
ex-vaqueiro ia pegar o dinheiro da prefeitura no Banco do Brasil de bicicleta, enquanto
que o seu criador ia de caminhonete Sport Utility Vehicle (SUV). Mas, o prefeito-vaqueiro
ao descobrir as regras do jogo se rebelou contra o seu criador e passou a impor
o seu próprio jogo. Passados quatro anos, o prefeito-vaqueiro ao deixar o
governo de Sucupira era dono de vários postos de gasolina, fazendas, casa de
praia e apartamentos em São Luís.
É óbvio que existem políticos decentes na política
brasileira.
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