Nós os jornalistas e blogueiros, passamos a maior parte do
nosso tempo procurando identificar as causas da violência que tomou conta do país
e que assusta e atemoriza o conjunto da sociedade brasileira.
A certeza da impunidade fez com que a maioria da nossa classe
dirigente (políticos e servidores públicos graduados) se apoderasse da máquina
estatal. O escândalo do Petrolão é o maior exemplo de gatunagem, praticado numa
nação e a ponta de um iceberg de escândalos, que para investiga-los seria
necessário a criação de mais de duas dezenas de operações do tipo Operação Lava
Jato. Operação essa que está passando o país a limpo, mas que está encontrando
muita resistência de parte do establishment nacional.
Se o servidor público federal, estadual e federal faz
greve é porque não suporta mais viver com salários aviltantes, de miséria e
muitas das vezes atrasados, como ora acontece no estado do Rio de Janeiro, um estado
cujo governador acaba de ter o seu mandato cassado e o criador e tutor, o
ex-governador Sérgio Cabral está preso no complexo penitenciário de Gericinó.
É tanta esculhambação e anomia, esses são termos os mais
apropriados para definir a situação de um país, onde o vácuo deixado pelo estado
oficial está sendo ocupado pelo estado paralelo.
Um país onde os seus poderes são vistos com desconfiança
pelo povo, podemos afirmar que está à beira do abismo. O Brasil é hoje um país
convulsionado e só um grande pacto social será capaz de desviá-lo do precipício.
Eu já fui sindicalista e sei que ninguém faz greve por
esporte e para servir ao interesse de alguém. Qualquer greve tem como principal
motivo, o descontentamento do trabalhador e servidor.
A polícia prende o banqueiro Carlinhos Cachoeira, para
atender uma ordem de prisão emitida um juiz federal que lá na frente é
desautorizado por um desembargador ou ministro de um tribunal superior. Desnecessário
dizer que o banqueiro é solto. É assim que a coisa funciona neste país. “Podbre
Brasil”!
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