quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

A culpa é do bandido de colarinho branco



Nós os jornalistas e blogueiros, passamos a maior parte do nosso tempo procurando identificar as causas da violência que tomou conta do país e que assusta e atemoriza o conjunto da sociedade brasileira.

A certeza da impunidade fez com que a maioria da nossa classe dirigente (políticos e servidores públicos graduados) se apoderasse da máquina estatal. O escândalo do Petrolão é o maior exemplo de gatunagem, praticado numa nação e a ponta de um iceberg de escândalos, que para investiga-los seria necessário a criação de mais de duas dezenas de operações do tipo Operação Lava Jato. Operação essa que está passando o país a limpo, mas que está encontrando muita resistência de parte do establishment nacional.

Se o servidor público federal, estadual e federal faz greve é porque não suporta mais viver com salários aviltantes, de miséria e muitas das vezes atrasados, como ora acontece no estado do Rio de Janeiro, um estado cujo governador acaba de ter o seu mandato cassado e o criador e tutor, o ex-governador Sérgio Cabral está preso no complexo penitenciário de Gericinó.

É tanta esculhambação e anomia, esses são termos os mais apropriados para definir a situação de um país, onde o vácuo deixado pelo estado oficial está sendo ocupado pelo estado paralelo.

Um país onde os seus poderes são vistos com desconfiança pelo povo, podemos afirmar que está à beira do abismo. O Brasil é hoje um país convulsionado e só um grande pacto social será capaz de desviá-lo do precipício.

Eu já fui sindicalista e sei que ninguém faz greve por esporte e para servir ao interesse de alguém. Qualquer greve tem como principal motivo, o descontentamento do trabalhador e servidor.

A polícia prende o banqueiro Carlinhos Cachoeira, para atender uma ordem de prisão emitida um juiz federal que lá na frente é desautorizado por um desembargador ou ministro de um tribunal superior. Desnecessário dizer que o banqueiro é solto. É assim que a coisa funciona neste país. “Podbre Brasil”!   

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