Na raiz de todos os problemas que o estado do Piauí enfrenta,
encontra-se uma classe política retrograda, atrasada, viciada em poder e
formada por membros de oligarquias.
O governador do estado do Piauí, Wellington Dias é o
representante de uma nova oligarquia política no seu estado. Um político que no
espaço de duas décadas está no seu terceiro mandado.
O estado do Piauí tem um parlamento estadual, formado na
sua expressiva maioria por integrantes, por políticos com mais de três mandatos.
Algo injustificável, pelo fraco desempenho de cada um deles, porque via de
regra, esses políticos, entra governo e sai governo e eles são aliados do
governo de plantão.
Não é segredo para ninguém que o nosso estado continua
sendo o último vagão da locomotiva chamada Brasil, o estado mais pobre e menos
prestigiado do país.
A sorte do estado do Piauí é estar localizado ao lado do
estado do Maranhão, que numa distância de mais de mil quilômetros, rio Parnaíba
abaixo e Rio Parnaíba acima (baixo, médio e alto Parnaíba), o Piauí faz fronteira
com o seu vizinho estado e dele se beneficia, uma vez que os municípios
fronteiriços do lado maranhense têm como mercado consumidor os municípios de Teresina
(capital) e Parnaíba. Não há nenhum exagero na afirmação de que são os
maranhenses que movimentam a economia piauiense nos setores de serviços: educação
e saúde.
Os maranhenses procuram o estado do Piauí, basicamente,
por ser um estado com preços de alugueis, mensalidades escolares, consultas médicas
e hospedagem, relativamente baixos se comparado com São Luís. A qualidade dos
serviços de saúde e educação razoáveis, também funcionam como atrativos.
Mas principalmente, em função dos preços praticados nesses
dois setores da economia, por exemplo: a mensalidade de um curso de medicina numa
universidade particular Maranhão, dá para pagar uma mensalidade do curso de medicina
num centro acadêmico do Piauí, um aluguel de um apartamento na zona Leste de Teresina
e o deslocamento do estudante do seu apartamento para o centro acadêmico e do
centro acadêmico para o apartamento.
Se o estado do Piauí resolvesse fechar as portas para os
maranhenses que estudam e buscam serviços médicos em Teresina, a economia deste
estado - que sobrevive do setor terciário, entraria em colapso.
Isso vem diminuindo, com o crescimento exponencial dos
municípios de Caxias e Timon.
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