quarta-feira, 19 de abril de 2017

Como gado manso



O povo nordestino costuma agir como gado manso. Ocorre que o gado manso embora seja muito forte, não tem a dimensão da sua força e suporta todo tipo de carga sem mugir, sem espernear, sem reclamar, sem se sujeitar a algo; tentar reverter uma situação com a qual não se concorda. Assim é que nós somos: um povo acomodado.

O povo brasileiro em geral e o povo nordestino em particular, vivem um momento particularmente difícil, haja vista, uma série de reformas que o governo está propondo; reformas que irão impactar a vida do trabalhador, como por exemplo, as reformas trabalhista e previdenciária que irão alterar direitos trabalhistas já consolidados, como a jornada de trabalho de oito horas, o repouso remunerado de 48 horas e o tempo de contribuição para o INSS, sem se mobilizar e protestar contra essas agressões e perdas de direitos conquistados a duras penas.   

Num momento como este, toda sociedade brasileira deveria se mobilizar para lutar contra essas duas reformas que alteram substancialmente as leis trabalhistas e o nosso sistema previdenciário, de modo que a partir dessas reformas, o trabalhador da iniciativa privada dificilmente contará tempo suficiente para requerer sua aposentadoria e aumentará consideravelmente a rotatividade no emprego formal. Além é claro, da precarização e da terceirização do trabalho.

Uma mobilização que deveria ser de toda sociedade, só tem contado até aqui com os trabalhadores sindicalizados.   

O medo do desemprego desmobiliza o trabalhador e a sociedade reage de maneira apática diante de uma ameaça real.

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