Romero
Jucá foi o primeiro de quase uma dezena de ministros afastados do governo Temer,
sob acusação de envolvimento com malfeitos.
O PMDB do presidente Michel Temer é hoje um partido
dividido, porque existem muitos pensamentos divergentes no interior dessa sigla,
como por exemplo, o pensamento do senador e líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), que não faz nenhum segredo para ninguém que diverge frontalmente e em
público das ações de um governo que ajudou a construir e colocar de pé. A divergência
entre Renan e Temer, ainda é aberta, porque este último não quer contribuir
para que um novo foco de crise prospere no seu governo.
É inegável que o PMDB é um partido formado por políticos
viciados em poder e que tem no pragmatismo a sua cartilha de orientação partidária.
O que o senador Renana Calheiros está fazendo é o mais puro pragmatismo político.
É que ele abre uma dissensão no seu próprio partido, para negociar em condições
favoráveis, mais cargos e também poder influenciar as decisões do governo. Ele
ainda não conseguiu o seu intento, porque Temer conhece muito bem o seu companheiro
de partido e não está disposto a dividir com Renan o poder.
O mau cheiro que exala do PMDB, revela a podridão de um
partido que está caindo em desgraça, porque não defende os interesses do país e
só quer se locupletar no poder. O PMDB que investiu no quanto pior melhor durante
o governo Dilma Rousseff, porque vislumbrou na crise desse governo a
possibilidade real de assumir o poder sem que para isso ele fosse obrigado a
fazer um grande esforço, como quando um partido chega ao poder através de uma
encarniçada luta numa campanha eleitoral.
O PMDB apostou na lei no menor esforçou e se deu bem, mas
ocorre que os sucessivos escândalos envolvendo a cúpula do PMDB estão revelando
ao país às vísceras podres de um partido que não tem credibilidade e que é
corresponsável pela tragédia que se abateu sobre a nação brasileira.
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