sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Vai acabar quase todo mundo preso

Se a Operação Lava Jato sobreviver ao governo Temer, poucos políticos escaparão da ação moralizadora e redentora dessa operação, que pela primeira vez na história deste país investigou e prendeu os seus maiores empreiteiros e membros das cúpulas dos principais partidos brasileiros.

Até o presidente da república Michel Temer, que só não está sendo investigado, porque a Câmara Federal de maioria governista e movida por interesses nada republicanos, não permitiu. O ex-presidente Lula já acumula vários processos e se a decisão de juiz Sérgio Moro for confirmada na segunda instância, um ex-presidente da república será preso pela primeira vez neste país por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

É aquela velha história que diz: “Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão. Se gritar pega ladrão, não fica um”. Se ficar acabará preso. No Brasil a corrupção institucionalizou-se e democratizou-se.

Se a Operação Lava Jato continuar nesse ritmo, vai faltar vagas nos presídios para abrigar tanta gente. Uma gente que antes só conhecia presídios através das suas plantas (como construtor) ou quando das suas inaugurações, como por exemplo, o ex-governador Sérgio Cabral, que construiu vários presídios no estado do Rio de Janeiro e o empreiteiro Marcelo Odebrecht.

Até aqui, a Operação Lava Jato vem cumprindo um papel pedagógico, que esperamos possa inibir potenciais corruptos a desistirem de levar uma vida criminosa, porque a corrupção sob a Lava Jato não compensa.

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