por Tomazia Arouche
Na nossa cultura, em que pese os avanços na questão dos direitos
civis, as mulheres ainda são tratadas pelos homens como seres subalternos e
como pessoas que dependem fundamentalmente do homem para existir. As mudanças
favoráveis ao sexo feminino, que já ocorreram até aqui, deveram-se principalmente
ao movimento feminista, que desde que surgiu vem trabalhando pela libertação e
emancipação das mulheres.
Por mais paradoxal que seja, as mulheres conquistarem sua emancipação
política dependem também da evolução do homem, ou seja, de uma nova consciência
masculina em relação as mulheres no ambiente doméstico, social e corporativo.
Uma relação que nivela esses dois sexos em termos de direitos
civis e humanos. Trata-se da necessidade de uma compreensão de que numa relação
entre mulheres e homens, não cabe a noção de superioridade, nem de um lado, nem
do outro, mas uma dinâmica de parceria, nunca de chefe de família ou coisa do gênero.
Alguém poderia levantar sua voz e dizer que existem grandes
diferenças entre homens e mulheres. Com o que devemos concordar, porque existem
diferenças fundamentais entre as mulheres e os homens do ponto de vista
biológico e físico. Mas essas diferenças terminam ai, porque se os homens são
superiores em termos de resistência física, as mulheres superam essa diferença
através das suas habilidades emocionais. Do ponto de vista intelectual, não
existe nenhuma diferença entre homens e mulheres.
O que se pretende com esta discussão é tentar acabar com a relação
vertical que existe entre gêneros. Isso no ambiente doméstico e até no ambiente
laboral. Com o homem sempre cantando de galo, como se diz na gíria, impondo suas
vontades, desejos e até preferências.
É preciso romper com esse cenário e trata- se de um momento de
esclarecimento propício para isso. Uma relação entre pessoas que se respeitam e
que desenvolvem uma relação de parceria e companheirismo tem que ser horizontal.
A relação entre os homens e as mulheres para ser respeitosa, tem
que ser simétrica, ou seja, sem que exista diferenças do ponto de vista de
diretos humanos e civis.
Hoje, já é possível percebermos uma mudança substancial no
relacionamento ente mulheres e homens do ponto de vista da empregabilidade, uma
vez que as mulheres andam conquistado o maior número de vagas nas
universidades, percebe-se também que as mulheres no ambiente corporativo já
começam a ocupar cada vez mais os espaços, uma vez que seu nível de
escolaridade vem crescendo exponencialmente enquanto que os homens avançam
menos porque permanecem na sua área de conforto.
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