E a água da AGESPISA? “Tomou Doril e a água sumiu!” (Seria cômico se não fosse trágico)
Que o município de São Raimundo Nonato sempre conviveu com um
grave problema de abastecimento de água, isso todo mundo sabe, porque este
município fica localizado no polígono das secas que é uma área compreendida de
1.108.434,82 km², correspondentes a 1.348 municípios, e que está inserida nos
estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas,
Sergipe, Bahia e parte do estado de Minas Gerais. Esse termo designa uma região
concentrada no Nordeste e em parte
do Sudeste que sofre com a falta de água ou sua baixa oferta por longos
períodos.
A questão da seca no Nordeste
é bastante conhecida. Diversos segmentos da sociedade demonstram consciência da
necessidade de enfrentar esse desafio e até indicam soluções para resolvê-lo ou
minimizá-los. Essa situação quase que permanente exige dos governos e das
populações que habitam essas regiões, uma estratégia para o convívio com
permanente com esse fenômeno. Países como Estados Unidos ou Israel mostram que
é possível enfrentar esse desafio de conviver com uma baixa precipitação de
chuvas, escassez de água, ainda que haja uma baixa disponibilidade hídrica.
Além do problema da crise hídrica que castiga a microrregião de
São Raimundo Nonato por longos períodos, outro problema preocupa neste momento e
deixa as populações dos municípios que integram esta microrregião num clima de
quase desespero - que são as péssimas condições da rede de distribuição de
água. Uma rede com apenas 13 anos de uso, o que sugere que os tubos usados na
construção da Adutora do Garrincho devem ser trocados imediatamente devido as
péssimas condições em que se encontram. Não é à a toa que as interrupções do
fornecimento de água do sistema AGESPISA são constantes, por causa do
rompimento da tubulação (conjunto de tubos
e conexões assentados com a finalidade de transportar um determinado fluido ou
sólido de um ponto a outro).
Agora mesmo esta região está enfrentando um desabastecimento que
já dura mais de cinco dias e ninguém sabe informar quando o fornecimento de
água será restabelecido. Se nada for feito no sentido de trocar toda a tubulação
da rede de distribuição, a tendência é o agravamento de uma situação que desespera
uma clientela de quase 200 mil habitantes.
Como é
possível observar nesta imagem, a situação da tubulação é lastimável
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