sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Armaram um complô contra a construção de uma nação decente

Nunca neste país foi feito nada comparado com a Operação Lava Jato no combate aos corruptos (bandidos do colarinho branco). Essa iniciativa, liderada pelo ex-juiz federal Sérgio Moro e o procurador da república Deltan Dallagnol, atraiu a ira de uma “elite política” que se notabilizou por organizar grandes esquemas de corrupção como o do Petrolão. O escândalo do Petrolão que desviou dos cofres da nação a ‘bagatela’ de 3,7 bilhões de reais. Contra a Operação Lava Jato se uniram políticos, empresários, jornalistas e alguns membros do Poder Judiciário.

Em casos de corrupção o Brasil, mantém uma tradição. Podemos elencar aqui uma série de escândalos que antecederam o Petrolão, como o Mensalão (55 milhões desviados), Banestado (42 bilhões) Sanguessuga (140 milhões), Navalha na Carne (610 milhões desviados), Os Anões do Orçamento (800 milhões desviados), TRT São Paulo (923 milhões desviados) e o Banco Marka (1,8 bilhão desviados). Isso para ficar só nos mais emblemáticos.

A Operação Lava Jato que teve início no ano de 2014, num espaço de cinco anos, pela primeira vez na história deste país, colocou atrás das grandes (vendo o sol nascer quadrado), um ex-presidente da república, vários ex-ministros de estado, senadores, deputados federais, ex-deputados federais e ex-senadores e um presidente da república que só não foi preso, graças à intervenção do Congresso Nacional. Político de todos os matizes ideológicos foram investigados, condenados e presos. Empresários dos mais renomados setores foram dar com os seus costados na cadeia, entre eles, o mega construtor, Marcelo Odebrecht.

 Sem corruptos e corruptores, não existe corrupção. E a corrupção no Brasil se sustenta num tripé: políticos, empresários e gestores públicos. Destacamos o envolvimento das seguintes empresas no escândalo do Petrolão: as construtoras Odebrecht, Camargo Corrêa, OAS, UTC, Engevix, Mendes Júnior e Queiroz Galvão participaram do esquema do Petrolão. 

Neste presente momento, petistas, bolsonaristas, tucanos, progressistas e até mesmo membros do Poder Judiciário estão unidos para matar por asfixia essa operação redentora e moralizadora, formada por agentes e delegados da Polícia Federal, procuradores da república e auditores da receita federal. Uma gente abnegada, verdadeiros patriotas.

A história não absolverá os cínicos e os canalhas que investem na impunidade e na continuidade de uma nação indecente e caricata.

 Por Tomazia Arouche

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