“A história da humanidade mostra sem nenhuma dúvida as prosperidades do vício e as desgraças da virtude. Não existe mais justiça transcendente do que imanente. Deus ou não, nenhum homem jamais teve de pagar por tê-lo insultado, ignorado, desprezado, esquecido ou contrariado! Os teístas (pessoas que acreditam na existência de Deus) tem muito o que fazer em termos de contorções metafisicas para justifica o mal no planeta afirmando ao mesmo tempo a existência de um Deus a quem nada escapa! Os deístas parecem menos cegos, os ateus parecem mais lúcidos.
A existência de Deus, parece-me, gerou em seu nome muito mais batalhas, massacres, conflitos e guerras na história do que paz, serenidade, amor ao próximo, perdão dos pecados ou tolerância. Que eu saiba os papas, os príncipes, os reis, os emires em sua maioria não brilharam na virtude, e já Moisés, Paulo e Maomé esmeravam-se respectivamente, por sua vez, em assassínios, espancamentos ou saques – as biografias o testemunham. São todas variações sobre o tema do amor ao próximo. ” (Michel Onfray)
Os cristãos pagam um preço muito alto para serem premiados com uma passagem para a eternidade. A vida do cristão para ser aceita pelo Deus todo poderoso, deve ser uma vida de renúncia, dor, sofrimento e de total comprometimento com as promessas de uma vida de glória, paz e sossego eterno no paraíso celestial. Os cristãos justificam levarem uma vida de sofrimento, por sofrerem massacres, guerras, conflitos de toda natureza e batalhas entre irmãos, a fé que professam. Tudo deve ser suportado com base numa fé inabalável, numa fé que não comporta dúvidas sobre a existência de um Deus masoquista que mesmo tendo conhecimento de tudo sobre à Terra, permite que os seus filhos passem fome, sede, sejam assassinados e sejam perseguidos. Só a fé que embota a razão torna essa confiança num Deus a que nada escapa, possível. As pessoas que acreditam na razão não se deixam levar por histórias criadas pelo homem, como doutrinas para submeter o outro homem ao seu domínio.
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