segunda-feira, 30 de maio de 2011

A Alemanha diz não a energia nuclear

A Alemanha diz “não” à energia nuclear. Depois de muitas manifestações e da catástrofe japonesa de Fukushima, o governo germânico decidiu que o país vai ser a primeira potência industrial a desistir deste tipo de energia. O “apagão nuclear” está marcado para 2022, quando serão encerrados os últimos três dos 17 reatores do país.

A decisão foi tomada ontem à noite e será formalizada em conselho de ministros a seis de junho. O ministro alemão do Ambiente disse que é algo “irreversível”. Norbert Röttgen detalhou que os sete reatores mais antigos – que já estavam afetados por uma moratória após o acidente nuclear de Fukushima – e o reator de Kruemmel vão ser desativados. “Um segundo grupo de seis reatores vai sair da rede até 2021 e os mais modernos vão ser encerrados em 2022”, concluiu.

Até lá, a Alemanha tem de encontrar formas alternativas para produzir os 22 por cento de eletricidade até agora assegurada pelas centrais nucleares.

Uma marcha ré do governo de Angela Merkel que, no final do ano passado, tinha votado o prolongamento de doze anos da exploração dos reatores do país. (com euronews)

Em TemPo:

O governo brasileiro tem na manga cinco projetos de novas usinas nucleares. Quatro ainda estão sem endereço definido. Jacques Vagner, governador da Bahia, torce para levar a maior parte delas para seu estado. A quinta está para ser construída em Angra dos Reis, no litoral Sul fluminense, no complexo que já abriga as usinas nucleares de Angra I e II. A nova unidade, Angra III, já custou aos cofres públicos 1 bilhão de reais e a estimativa do seu custo total ultrapassa 10 bilhões de reais. É muito dinheiro para se investir em uma usina que até seus criadores, os alemães, acabam de anunciar o fim do seu projeto de produção de energia nuclear. A Alemanha que depende 22% dessa matriz enrgética.

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