terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Rússia topa trabalhar com EUA para reduzir arsenal nuclear: o Planeta agradece

A Rússia recebeu bem a intenção da nova administração dos Estados Unidos de aproximar os dois países e está pronta para trabalhar com Washington no desarmamento nuclear, afirmou o Kremlin nesta terça-feira.

"O que temos ouvido recentemente da nova administração sobre o desenvolvimento das relações entre Rússia e Estados Unidos foram recebidos com uma reação positiva em Moscou", disse Natalya Timakova, porta-voz do presidente Dmitri Medvedev.

"Estamos prontos para o mais sério trabalho com nossos parceiros americanos em toda a agenda de relações bilaterais, incluindo questões de desarmamento", disse ela.

Ela não especificou quais sinais em particular da Casa Branca agradaram ao Kremlin --Timakova pode ter se referido ao vice-presidente Joe Biden, que afirmou na semana passada que os EUA querem "apertar o botão do reset" nas relações com Moscou.

Novo rumo

Sob o ex-presidente dos EUA, George W. Bush (2001-2009), os EUA e a Rússia tiveram uma relação turbulenta diante dos planos de Washington para a criação de um escudo antimísseis, no Leste Europeu, e por tentar levar as ex-repúblicas soviéticas da Geórgia e da Ucrânia para a Otan.

O presidente Barack Obama não deu detalhes sobre como ele planeja lidar com uma Rússia mais imponente, mas falou sobre a necessidade de uma política externa mais pragmática e menos ideológica.

A postura desencadeou especulações sobre uma mudança eminente nas relações diplomáticas que, sob Bush, chegaram ao pior momento desde o fim da Guerra Fria.

Um dos mais importantes pontos da agenda entre os dois países está em criar um novo acordo pela redução do arsenal nuclear dos dois países --o atual vence no fim deste ano.

A declaração da porta-voz do Kremlin reitera as falas do vice-premiê russo, Sergei Ivanov, que se encontrou com Biden na Conferência de Segurança em Munique.

Ele recebeu bem os comentários de Biden sobre um recomeço das relações bilaterais, dizendo que os EUA têm um forte desejo pelo mudança.

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