terça-feira, 4 de maio de 2010

Movido pelo sentimento da indignação

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, do alto do poder moral que lhe confere a instituição por ele dirigida, deixa soltar um grito preso na garganta, contra o que ele classifica de safadeza na política nacional, num artigo publicado originalmente no informativo da OAB e transcrito aqui neste blog.

Quando o advogado Ophir Cavalcante, grita para a nação, o seu grito de revolta traduzido na seguinte frase: "Chega de safadeza na política", ele o faz respaldo por milhões de outros brasileiros que sentem a mesma revolta, mas que infelizmente não tem uma tribuna como tem o presidente da OAB nacional, que se legitimou através de uma luta que o fez chegar aonde chegou, por méritos próprios e incentivado por homens que assim como ele, não se deixaram entorpecer pelos favores e benesses que o poder central, sempre lança mão, quando surge alguém no horizonte, brigando por justiça e usando a sua inteligência a favor do povo sofrido da região amazônica, da região nordeste e das periferias das regiões sul e sudeste.

Homens como Ophir Cavalcante, podem colocar a cabeça sobre o travesseiro e dormir tranquilo, porque tem a absoluta certeza de que não compactuam com a imoralidade reinante em nosso país, onde muitas das nossas ditas autoridades, de tão imorais que são, servem de exemplo para que outras autoridades sigam pelo mesmo caminho. É como se elas raciocinassem da seguinte maneira: Se não podemos restabelecer a moralidade, que locupletemo-nos todos.

O que você acha que passa pela cabeça de um jovem brasileiro, que liga o seu televisor e se depara com um escândalo como o mensalão do PT, o mensalão do Arruda e, que passado alguns dias, meses e até anos -, ele descobre que todos os envolvidos nos saques, nos roubos e na gatunagem, continuam gozando de plenos direitos, como se eles não tivessem feito nada para manchar, enxovalhar a honra e desmoralizar o nosso país? Elementar meu caro leitor: sem se indignar, encarando com uma normalidade assustadora, o desfecho de mais um escândalo, que num país sério, no mínimo, teria levado o bandido a cometer suicídio.

Neste país se convive diariamente com uma verdadeira inversão de valores, onde os bandidos (corruptos) são tratados como heróis (as escolas de samba e o Congresso Nacional estão repletos deles), enquanto que os verdadeiros heróis, como os nossos bombeiros, policiais civil e militar (que percebem salários de miséria e ainda são enganados com a PEC-300 que todos os políticos envolvidos nessa "luta", sabiam de antemão que mesmo que o Congresso Nacional aprovasse, ela seria ou será vetada pelo presidente), sérios, que conseguem olhar na cara dos seus filhos, das suas esposas e dos seus amigos, sem nenhum tipo de constrangimento; esses quando muito - só recebem medalhas, sem a qualidade do material, das medalhas que receberam as esposas do presidente Lula, do vice-presidente José Alencar e do ministro das relações exteriores Celso Amorim.

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