A crise da dívida ameaça contagiar a Itália, a terceira maior economia da Europa.
Muitos defendem que a melhor forma de proteger o país é tomar, este mês, uma decisão quanto ao segundo pacote de ajuda à Grécia. Quanto mais a decisão for adiada, maior é o risco de a situação se descontrolar na Grécia ou nos mercados de capitais.
Mas para o ministro luxemburguês das Finanças, Luc Frieden, defende: “Essa ideia de que todos os dias é preciso encontrar uma solução não resolverá o problema. Apelo à serenidade pelo tempo necessário para encontrar uma solução”.
Numa emissão de dívida a curto prazo, a Itália teve de pagar juros bem mais elevados do que no último leilão comparável.
O país conseguiu colocar no mercado o montante que pretendia: 6,75 mil milhões de euros em dívida com prazo a 12 meses. O juro médio disparou para os 3,67 por cento.
Esta terça-feira foi outro dia difícil nos mercados financeiros.. O que está por trás deste ataque maciço de especulação aos mercados da zona euro?
Marco Caprotti: Este ataque não é uma surpresa, especialmente para aqueles que observaram as dinâmicas dos mercados internacionais, nos últimos meses. No acrónimo PIGS, que designa os países em maior risco financeiro (Portugal, Irlanda, Espanha e Grécia), há, na verdade, dois ii e um deles para Itália.
E: Mas não é o problema da Itália um problema mais político do que econômico?
MC: De fora, a Itália é vista como politicamente fraca e um país politicamente fraco é, praticamente, uma oportunidade vasta para os especuladores internacionais. Depois, há a fraqueza da União Européia que não conseguiu alcançar decisões comuns em problemas muito sérios, como vimos nas últimas semanas em relação à dívida de alguns países: Grécia e Portugal, que são pequenos, mas vitais para manter a estabilidade da zona euro.
E: A Grécia é o começo de uma nova crise financeira ou é apenas o fim da crise de 2008?
MC: Nós acreditamos que a Grécia é o início de uma nova crise. Enquanto os vários problemas gregos não estiverem resolvidos, o país vai continuar, provavelmente, a ser atacado pelos especuladores internacionais, que estão apenas a fazer o seu trabalho. (euronews)
siga no Twitter ao blog Dom Severino ( severino-neto.blogspot.com) @domseverino
Marco Caprotti: Este ataque não é uma surpresa, especialmente para aqueles que observaram as dinâmicas dos mercados internacionais, nos últimos meses. No acrónimo PIGS, que designa os países em maior risco financeiro (Portugal, Irlanda, Espanha e Grécia), há, na verdade, dois ii e um deles para Itália.
E: Mas não é o problema da Itália um problema mais político do que econômico?
MC: De fora, a Itália é vista como politicamente fraca e um país politicamente fraco é, praticamente, uma oportunidade vasta para os especuladores internacionais. Depois, há a fraqueza da União Européia que não conseguiu alcançar decisões comuns em problemas muito sérios, como vimos nas últimas semanas em relação à dívida de alguns países: Grécia e Portugal, que são pequenos, mas vitais para manter a estabilidade da zona euro.
E: A Grécia é o começo de uma nova crise financeira ou é apenas o fim da crise de 2008?
MC: Nós acreditamos que a Grécia é o início de uma nova crise. Enquanto os vários problemas gregos não estiverem resolvidos, o país vai continuar, provavelmente, a ser atacado pelos especuladores internacionais, que estão apenas a fazer o seu trabalho. (euronews)
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