Os capitalistas patronais do setor de telecomunicações estão sempre reinventando as formas de explorar os trabalhadores para obter cada vez mais lucro pela redução dos custos com mão de obra.A moda começou na década de 80 com a contratação das empresas que passaram a terceirizar a operação do sistema na rede externa em paralelo com a mesma atividade realizada diretamente pela empresa.
Naquela época a diferença salarial já era muito grande, chegando a mais de 3/5 de diferença considerando os benefícios. Três décadas depois a situação piorou tanto que desta vez não restou nenhuma atividade de operação e manutenção realizada por mão de obra própria, tudo foi terceirizado na operação desta concessão pública no sistema de telecomunicações do país.
Nenhum respeito às normas de segurança, excesso de jornada, negação de pagamento das horas extras trabalhadas, terceirização sucessivas e contratação irregular avulsa, sem carteira assinada.Apesar das denúncias do SINTTEL e da mobilização dos trabalhadores as empresas insistem em desrespeitar as regras e expor os trabalhadores a toda sorte de perigo.
A barbaridade é tamanha que em 2009 morreram dois trabalhadores por queda de torres, um trabalhador foi eletrocutado e quatro trabalhadores perderam suas vidas em acidentes de trânsito.“Para inverter o processo de precarização e exploração dos trabalhadores estamos nas ruas em conjunto com as demais categorias”, fala o Presidente do SINTTEL João de Moura Neto, que faz questão de ressaltar a importância da redução da jornada de trabalho para 40 horas e a aceitação no Brasil da Convenção 158, alem da regulamentação da terceirização, determinando que as atividades fins das empresas não podem ser terceirizadas.
O SINTTEL-PI defende a regulamentação da terceirização, determinando que as atividades fins das empresas não podem ser terceirizadas. "Os trabalhadores terceirizados do setor de telecomunicações são tratados de forma indecente pelos seus patrões, basta olhar o valor dos salários e benefícios praticados. É impossível continuar assim, estamos em luta e não descansaremos enquanto não houver vitória para os trabalhadores". Finaliza Moura.
por Larissa Belo
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