Estudos
realizados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis nas bacias sedimentares brasileiras ajudaram na
identificação da reserva de gás natural na Bacia do Parnaíba, onde há
possibilidade de ser encontrado petróleo
Nos
últimos anos, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP) tem investido em pesquisas nas bacias sedimentares
brasileiras visando aprofundar o conhecimento sobre o potencial para
petróleo e gás em todas as regiões. Os estudos foram promissores para o
Maranhão, sobretudo na Bacia do Parnaíba (terrestre), onde já foi
identificada reserva de gás natural e há grande possibilidade de se
encontrar petróleo.
Segundo
o diretor da ANP, Allan Kardec Duailibe Barros Filho, os estudos, que
incluem levantamento geoquímico e pesquisas sísmicas, já foram
realizados em quase todo o estado. Desde 2008, somente na Bacia do
Parnaíba, o órgão investiu R$ 6,2 milhões em levantamento geoquímico.
Na
Bacia do Parnaíba, em 2010, foram adquiridos 62 km de pesquisa sísmica
2D (duas dimensões), 294 km² de sísmica 3D (três dimensões) e perfurado
um poço exploratório, além da coleta e análise geoquímica de 601
amostras de superfície.
Todos
esses estudos realizados pela ANP, sem falar dos investimentos em
pesquisa feitos por empresas que exploram petróleo e gás, são
importantes e estratégicos para a inclusão de blocos em futuros leilões,
como o da 11ª Rodada, prevista para acontecer em 2011. A Bacia
Pará-Maranhão (marítima) também deve ter vários blocos inclusos no
leilão.
Allan
Kardec disse que, com as descobertas de gás natural em Capinzal do
Norte e Santo Antonio dos Lopes, muitos blocos da Bacia do Parnaíba
deverão ser colocados na 11ª Rodada de Licitações da ANP. Atualmente, a
Petrobras e OGX realizam atividades na região.
Em
agosto do ano passado, quando a OGX anunciou a presença de gás natural
em poço no município de Capinzal do Norte, o potencial da Bacia do
Parnaíba foi estimado em 15 trilhões de pés cúbicos de gás. Logo depois
foi anunciada nova acumulação, desta vez em Santo Antonio dos Lopes,
onde será instalada uma usina termelétrica. A empresa se prepara agora
para perfurar um poço no município de Lima Campos.
Até
2015 deverão ser perfurados 15 poços na Bacia do Parnaíba, onde a OGX
possui sete blocos de exploração, abrangendo uma área de 21 mil km² em
39 municípios. O investimento da empresa na Bacia do Parnaíba deverá se
estender entre 30 e 40 anos.
Na
mesma região, a Petrobras recebeu licenças de instalação e de operação
da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Sema)
para realizar pesquisa sísmica em 2D no bloco BT-PN-3, atividade que
abrangerá 15 municípios na Bacia do Parnaíba.
Esse
bloco foi arrematado pela Petrobras, em consórcio com as empresas Vale e
Devon Energy (companhia americana), pelo valor de R$ 201 mil, na 9ª
Rodada de Licitação de blocos exploratórios de petróleo e gás natural,
realizada em novembro de 2007, pela ANP.
Pará-Maranhão
- Dia 11 deste mês, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos
Renováveis (Ibama) promoverá audiência pública em São Luís para
discussão do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de
Impacto Ambiental (Rima) da atividade de perfuração marítima em cinco
blocos exploratórios da OGX na Bacia do Pará-Maranhão.
Somente
após essa audiência pública, a OGX poderá iniciar campanha exploratória
na referida bacia, como o apoio da plataforma Ocean Scepter, que está
fundeada próxima a área portuária de São Luís desde agosto deste ano. O
equipamento tem capacidade para perfurar poços de aproximadamente 11 mil
metros de profundidade, em lâmina d’água máxima de até 100 metros. A
audiência pública também será realizada no município de Bragança, no
estado do Pará. Fonte: jornal Estado do Maranhão
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