É uma irresponsabilidade
investir em carnaval em lugares sem tradição, onde não haverá retorno dos
investimentos. Se for para o povo se divertir, basta contratar as bandas
locais.
O prefeito de Petrópolis, na região serrana do Rio, Rubens Bomtempo, anunciou que não haverá carnaval na cidade e que os repasses no valor de R$ 1 milhão, que iriam para o desfile das escolas de samba do município, serão investidos na saúde. A decisão foi tomada durante reunião com o presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Juvenil dos Santos, e representantes de escolas e blocos da cidade, que entenderam a situação e concordaram com a providência do governo municipal.
Essa
decisão anunciada pelo prefeito de Petrópolis no estado do Rio de Janeiro é muito
sensata, diante do cenário atual, que além das chuvas diluvianas que caem nessa
região, o Brasil continua no olho do furação, com a presidente Dilma Rousseff
tendo que tomar medidas amargas, que afetam diretamente os municípios, que na
sua expressiva maioria dependem do FPM para sobrevierem, sobretudo os municípios
pobres da região nordeste e norte, cuja única fonte de renda é o Fundo de
Participação dos Municípios (FPM). E são esses prefeitos, os que mais investem
em festas.
No
estado do Piauí, a promotora de justiça Leida de Diniz, recomendou à prefeitura
de Teresina que deixe de investir 400 mil nas festas de momo, porque segundo ela
é um contra-senso, um município com sérios problemas em áreas com as de saúde e
educação priorizar essa festa em detrimento de problemas que requerem soluções urgentíssimas.
Se pelo
menos a prefeitura de Teresina procurasse valorizar as banda locais, mais não, os
maiores beneficiados são os trios elétricos da Bahia e do Ceará. Um dinheiro
que vai ser investido lá fora.
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