terça-feira, 15 de janeiro de 2013

É uma irresponsabilidade investir em Carnaval em lugares sem tradição


É uma irresponsabilidade investir em carnaval em lugares sem tradição, onde não haverá retorno dos investimentos. Se for para o povo se divertir, basta contratar as bandas locais. 

O prefeito de Petrópolis, na região serrana do Rio, Rubens Bomtempo, anunciou  que não haverá carnaval na cidade e que os repasses no valor de R$ 1 milhão, que iriam para o desfile das escolas de samba do município, serão investidos na saúde. A decisão foi tomada durante reunião com o presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Juvenil dos Santos, e representantes de escolas e blocos da cidade, que entenderam a situação e concordaram com a providência do governo municipal.


Essa decisão anunciada pelo prefeito de Petrópolis no estado do Rio de Janeiro é muito sensata, diante do cenário atual, que além das chuvas diluvianas que caem nessa região, o Brasil continua no olho do furação, com a presidente Dilma Rousseff tendo que tomar medidas amargas, que afetam diretamente os municípios, que na sua expressiva maioria dependem do FPM para sobrevierem, sobretudo os municípios pobres da região nordeste e norte, cuja única fonte de renda é o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). E são esses prefeitos, os que mais investem em festas.
No estado do Piauí, a promotora de justiça Leida de Diniz, recomendou à prefeitura de Teresina que deixe de investir 400 mil nas festas de momo, porque segundo ela é um contra-senso, um município com sérios problemas em áreas com as de saúde e educação priorizar essa festa em detrimento de problemas que requerem soluções urgentíssimas.
Se pelo menos a prefeitura de Teresina procurasse valorizar as banda locais, mais não, os maiores beneficiados são os trios elétricos da Bahia e do Ceará. Um dinheiro que vai ser investido lá fora. 
No semiárido nordestino a seca continua fazendo vitimas, mesmo na estação chuvosa. Mas o povo quer festa e os prefeitos na sabem dizer não.

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