O PSDB que na oposição em alguns momentos tenta
funcionar como o arauto da moral, da ética e da justiça, também não é flor que
se cheire, porque o seu passado e o seu presente não o credenciam para liderar
um grane movimento pela moralidade pública, senão vejamos: num passado recente,
o PSDB comprou parlamentares para garantir a aprovação de uma lei que
garantiria a reeleição do atual presidente Fernando Henrique Cardoso. No governo
do senhor Cardoso, os partidos de oposição na época viviam denunciando o projeto
de privatização que acabou se revelando muito importante para o país, mas não
isento robustas denuncias contra os gestores das privatizações. O que Lula
prometeu em campanha investigar, mas que o presidente petista acabou ignorando,
até como uma maneira de ser protegido pelos tucanos no futuro, como aconteceu
na CPMI o Cachoeira, quando ficou bastante claro para a população que PT e PSDB
se protegiam mutuamente.
Para reforçar a parceria de PT e PSDB e a manutenção da
atual política, em alguns momentos, o PSDB assume posições muito semelhantes as
do PT, como agora, quando o líder dos tucanos na Câmara Federal, o deputado
federal Bruno Araújo (PSDB-PE) anuncia o apoio do seu partido à candidatura do
deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) à presidência da Câmara
Federal. Henrique Eduardo Alves, um
político profissional que acaba de ser denunciado pela criação de uma empresa
fantasma. Vícios é o que não faltam na biografia desse político carioca-potiguar.
Pensando bem, chega-se facilmente a conclusão que no
Brasil todos os gatos são pardos, ou seja, que não existem diferença os partidos.
No poder, sobretudo, todos eles se assemelham ao usarem dos mesmos artifícios para
corromper e para enriquecerem os seus integrantes.
Se hoje o PT está na boca do vulcão, é porque esse
partido está no comando do governo central, o que lhe dá maior visibilidade. Isso
é fato.
Para que tenhamos algum dia um país melhor é preciso
mudar a nossa atual cultura política, assim como se muda a cultura de uma
empresa pública para a cultura de empresa privada. Uma mudança radical e
profunda, capaz de eliminar os vícios herdados.
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