O carnaval do apartheid social. Os pobres sambam e dançam no chão |
O carnaval fora de época de
Teresina, um desfile de carros que atende pelo nome de Corso, promovido pela
prefeitura da capital do estado do Piauí é um carnaval feito para a "elite
da capital e do interior", uma vez que o pobre piauiense só dele
participa, aplaudindo do chão os bem nascidos. Outros preferem chamar esse
Corso de Carnaval Triste, porque não existe empolgação. Parece mais um cortejo
de carros com pessoas que estão ali para se exibirem.
A dinheirama que está sendo
gasta pela prefeitura (recursos públicos), segundo um amigo meu economista é
três vezes maior do que a ajuda destinada pela prefeitura às escolas de samba
que fazem parte da tradição do reinado de Momo do Piauí.
Vamos à definição de Corso. Corso
significa um cortejo de carros, comum no carnaval do inicio e até metade do
século passado, onde a elite da cidade do Rio de Janeiro brincava o carnaval.
A propósito: segundo comenta um Espírito de Porco, o dinheiro gasto pela
prefeitura de Teresina para que o seu Corso fosse incluído no Guinness
Book daria para pavimentar a Vila Carlos Falcão, a Vila Carlos
Feitosa, a Vila Brasil e a Cidade Leste com camada asfáltica.
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