“O
Piauí avança para baixo, como rabo de cavalo, porque os nossos políticos são
'acanhados' e descompromissados”. (Bertoldo Azambuja Damasceno)
Essa afirmação que faço no título desta matéria é uma pergunta que venho me fazendo costumeiramente, desde que conheci este estado. E após refletir muito sobre o subdesenvolvimento do estado do Piauí, acabei encontrando várias respostas para essa minha pergunta incômoda. Começo apontando como primeira resposta a nossa classe política, a mais atrasada, incompetente e descompromissada em todo o país. Em segundo plano, aparece o nosso complexo de inferioridade, que faz de cada piauiense um ser muito frágil, despersonalizado e subserviente. É óbvio que toda regra comporta exceção.
Eu poderia citar o povo piauiense como também responsável
pelo nosso subdesenvolvimento político e econômico mas, no nosso caso, o povo é
uma vitima das nossas elites, políticas e econômicas que impedem o pobre de
crescer como cidadão e ascender socialmente. Costumo dizer que Piauí existem
algumas ilhas de prosperidade, cercadas de verdadeiros oceanos de miséria e
pobreza extrema por todos os lados. Essa é uma característica do
subdesenvolvimento.
Quem visita Teresina, a capital do estado, se depara com
a cidade que parou no tempo, com todas as características de uma província, de
um lugar onde as pessoas estão com a cabeça no século passado. Quando
adentramos o estado, a percepção é a mesma que experimentamos na capital porque o atraso também fica bastante evidente. O atraso de um estado que não
conta com uma lavoura moderna, não tem um parque industrial pujante e a educação
e a saúde estão nos mesmos padrões da África subsaariana.
Por ironia do destino são o Partido dos Trabalhadores
(PT) e o PSDB que há quase duas décadas governam a capital e o estado.
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