quarta-feira, 8 de julho de 2015

O Piauí não avança



“O Piauí avança para baixo, como rabo de cavalo, porque os nossos políticos são 'acanhados' e descompromissados”. (Bertoldo Azambuja Damasceno)


Essa afirmação que faço no título desta matéria é uma pergunta que venho me fazendo costumeiramente, desde que conheci este estado. E após refletir muito sobre o subdesenvolvimento do estado do Piauí, acabei encontrando várias respostas para essa minha pergunta incômoda. Começo apontando como primeira resposta a nossa classe política, a mais atrasada, incompetente e descompromissada em todo o país. Em segundo plano, aparece o nosso complexo de inferioridade, que faz de cada piauiense um ser muito frágil, despersonalizado e subserviente. É óbvio que toda regra comporta exceção.

Eu poderia citar o povo piauiense como também responsável pelo nosso subdesenvolvimento político e econômico mas, no nosso caso, o povo é uma vitima das nossas elites, políticas e econômicas que impedem o pobre de crescer como cidadão e ascender socialmente. Costumo dizer que Piauí existem algumas ilhas de prosperidade, cercadas de verdadeiros oceanos de miséria e pobreza extrema por todos os lados. Essa é uma característica do subdesenvolvimento.

Quem visita Teresina, a capital do estado, se depara com a cidade que parou no tempo, com todas as características de uma província, de um lugar onde as pessoas estão com a cabeça no século passado. Quando adentramos o estado, a percepção é a mesma que experimentamos na capital porque o atraso também fica bastante evidente. O atraso de um estado que não conta com uma lavoura moderna, não tem um parque industrial pujante e a educação e a saúde estão nos mesmos padrões da África subsaariana.

Por ironia do destino são o Partido dos Trabalhadores (PT) e o PSDB que há quase duas décadas governam a capital e o estado.   

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