quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Um país dominado por facções criminosas




"Os denunciados operacionalizaram desvio de recursos públicos, concessões de benefícios indevidos a particulares em troca de dinheiro e compra de apoio político, condutas que caracterizam os crimes de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, corrupção e evasão de divisas." Assim se expressou o ex-procurador-geral da república Antônio Fernando de Sousa, sobre os operadores do Mensalão.

O estado do Rio Grande do Norte está vivendo momentos de terror. Um terror que segundo as autoridades policiais e políticas está sendo comandado de dentro dos presídios. Agora uma pergunta que não quer calar: qual é a causa desse terror? Eu respondo: o aumento do desemprego, a superpopulação, o avanço do consumo de drogas e o fortalecimento das facções criminosas que avançam sobre o país, com a ausência do estado.

As nossas políticas de enfretamento às drogas têm se revelado insuficientes e ineficazes, porque ao invés do consumo reduzir ele só aumenta. Aumenta de maneira assustador e não está restrito a um determinado estado ou região. O consumo de drogas em todo país está presente em todas as classes sociais e o preço da droga vem caindo com a sua produção em escala industrial.

Livrar o país das facções criminosas que dominam o narcotráfico não é tão de difícil e impossível, bastando apenas, os governos investirem na educação, no controle da natalidade, na geração de empregos, em espaços de lazer e adotarem políticas mais rigorosas para crimes praticados por produtores, atravessadores e consumidores de drogas.    

Mas, o problema do Brasil não se restringe só as facções criminosas que operam no submundo do crime, mas também e principalmente nas facções criminosas que operam no mundo político. Sendo que essas são mais danosas, porque além de assaltarem os cofres públicos, elas dão maus exemplos, porque o povão se espelha nas nossas elites e se os políticos se organizam na forma de quadrilhas para roubar o país, isso serve como estimulo para que os mais necessitados e os empresários do crime atuem mais intensamente. Vejam os exemplos do Mensalão e Petrolão.

É óbvio que no mundo político existem pessoas sérias e honradas, mas pelo visto, as pessoas sérias e honradas representam uma minoria no Congresso Nacional.

Por Joachim Arouche

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