"Os
denunciados operacionalizaram desvio de recursos públicos, concessões de
benefícios indevidos a particulares em troca de dinheiro e compra de apoio
político, condutas que caracterizam os crimes de quadrilha, peculato, lavagem
de dinheiro, gestão fraudulenta, corrupção e evasão de divisas." Assim
se expressou o ex-procurador-geral da república Antônio Fernando de Sousa, sobre os operadores do Mensalão.
O estado do Rio Grande do Norte está vivendo momentos de
terror. Um terror que segundo as autoridades policiais e políticas está sendo
comandado de dentro dos presídios. Agora uma pergunta que não quer calar: qual
é a causa desse terror? Eu respondo: o aumento do desemprego, a superpopulação,
o avanço do consumo de drogas e o fortalecimento das facções criminosas que avançam
sobre o país, com a ausência do estado.
As nossas políticas de enfretamento às drogas têm se
revelado insuficientes e ineficazes, porque ao invés do consumo reduzir ele só
aumenta. Aumenta de maneira assustador e não está restrito a um determinado
estado ou região. O consumo de drogas em todo país está presente em todas as
classes sociais e o preço da droga vem caindo com a sua produção em escala industrial.
Livrar o país das facções criminosas que dominam o
narcotráfico não é tão de difícil e impossível, bastando apenas, os governos
investirem na educação, no controle da natalidade, na geração de empregos, em espaços
de lazer e adotarem políticas mais rigorosas para crimes praticados por produtores,
atravessadores e consumidores de drogas.
Mas, o problema do Brasil não se restringe só as facções
criminosas que operam no submundo do crime, mas também e principalmente nas facções
criminosas que operam no mundo político. Sendo que essas são mais danosas,
porque além de assaltarem os cofres públicos, elas dão maus exemplos, porque o
povão se espelha nas nossas elites e se os políticos se organizam na forma de
quadrilhas para roubar o país, isso serve como estimulo para que os mais necessitados
e os empresários do crime atuem mais intensamente. Vejam os exemplos do
Mensalão e Petrolão.
É óbvio que no mundo político existem pessoas sérias e
honradas, mas pelo visto, as pessoas sérias e honradas representam uma minoria
no Congresso Nacional.
Por Joachim Arouche
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