Como bom estrategista e profundo conhecedor da sua
situação junto à Operação Lava Jato, o ex-deputado federal Eduardo Cunha,
guardou toda sua munição para usar numa eventual delação premiada.
Como uma possível delação premiada de Eduardo Cunha vinha
encontrando resistência na Procuradoria-Geral da República (PGR), devido ao
embate que vinha sendo travado entre Cunha e o PGR Rodrigo Janot, muitos
procuradores se posicionavam contra uma possível colaboração premiada de
Eduardo Cunha, por entender que ela representaria um prêmio a um réu com vários
processos na Suprema Corte.
Com a decretação e prisão do ex-presidente da Câmara
Federal no dia de hoje em Brasília, dependendo do que Cunha tem de relevante a
acrescentar ao que a Operação Lava Jato já sabe, a sua delação premiada poderá
ser aceita.
Com Cunha atrás das grades em Curitiba, uma parte
significativa do governo Temer e alguns membros da cúpula do PMDB teme pelo
pior, ou seja, serem jogados na boca do vulcão e serem consumidos por ele.
Que Eduardo Cunha tem muito a dizer e revelar sobre os
últimos governos que ocuparam o Palácio da Alvorada, sobre o jogo político que
apeou Dilma Rousseff do poder e a participação de peemedebistas de escol nos
escândalos do Petróleo e Mensalão, ninguém duvida. E é isso que teme as cabeças
coroadas do PMDB e do governo Temer. Ocorre que uma delação premiada do
ex-deputado federal Eduardo Cunha é nitroglicerina pura e provocará mais danos ao
governo Temer do já que provocou as revelações do ex-diretor presidente da
Transpetro, Sérgio Machado.
Uma delação de Cunha só encontra similar na delação de
Marcelo Odebrecht.
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