O
ministro da Agricultura, Blairo Maggi na sua ânsia de melhorar a imagem do
Brasil, mundo afora, disse numa entrevista recente que vai fazer um verdadeiro
périplo pelo Planeta para dizer que “nós somos bons”. Ele só não explicou, no
que.
Blairo
Maggi não disse, não explicou no que somos bons, mas eu digo e afirmo: nós
somos bons em corrupção, em imoralidade, em sem-vergonhice, em sem cerimônia e
desfaçatez. Isso o mundo inteiro sabe. Nisso nós somos experts, catedráticos
e excelentes. O escândalo da carne, o Mensalão, o Petrolão e a
Operação Lava Jato que não me deixam mentir.
A
corrupção e a imoralidade estão enraizadas na vida brasileira, fazem parte da
nossa cultura. Uma cultura que valoriza e enaltece a Lei do Gerson. Uma lei que
preconiza o “levar vantagem em tudo”.
O que diz
a Lei do Gerson? “A Lei da Vantagem ou Lei
de Gérson é um princípio em que determinada pessoa ou empresa brasileira
deve obter vantagens de forma indiscriminada, sem se importar com questões
éticas ou morais. A "Lei de Gérson" acabou sendo usada para exprimir
traços bastante característicos e pouco lisonjeiros do caráter nacional, que
passa a ser interpretado como caráter da população, associados à disseminação
da corrupção e ao desrespeito às regras de convívio para a obtenção de
vantagens”. Essa lei foi inspirada na
propaganda do cigarro Vila Rica da J. Reynolds, feita pelo jogado Gerson (o
canhotinha de ouro) que dizia o seguinte: “Por
que pagar mais caro se o Vila me dá tudo aquilo que eu quero de um bom cigarro?”.
Gosto de levar vantagem em tudo, certo?
Leve vantagem você também, leve Vila Rica! Errado.
No
Brasil, as pessoas que tem suas vidas orientadas pela ética e pela moral, devem
o cultivo dessas duas excelentes qualidades ao ambiente familiar, porque isso
nós os brasileiros não aprendemos na escola, na igreja e também não somos
inspirados pela nossa classe dirigente e pelos nossos políticos em agir
corretamente. E como a cultura da malandragem e do levar vantagem em tudo é
predominante no nosso meio ambiente, isso faz de nós um povo de caráter duvidoso. É
óbvio que toda regra comporta exceção.
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