sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Onde não há esgotamento sanitário se faz necessário o uso de fossas sépticas

Comparando a situação do saneamento básico no país entre 2007 e 2015: O total de brasileiros atendidos pela coleta de esgoto passou de 42% para 50,3%. O percentual de esgoto tratado foi de 32,5% para 42,7%1. Esses dados negativos refletem o grave problema brasileiro que é o baixo investimento em saneamento básico, sobretudo no que se refere à coleta e ao tratamento dos esgotos. Na região Nordeste do país, esses números são ainda menores e muito abaixo da média nacional.

Nas regiões Norte e Nordeste, as mais pobres do país, ainda é muito comum nos depararmos com pessoas que fazem suas necessidades fisiológicas (defecam) no mato, nos riachos, igarapés e nascentes dos riachos. No município piauiense de São Raimundo Nonato, ainda é muito grande o número de residências, na zona urbana e rural que sequer, dispõem de fossas sépticas que supriria a ausência da rede de esgotos.

As fossas sépticas são uma estrutura complementar e necessária às moradias sendo fundamentais no combate a doenças, verminoses e endemias (como a cólera), pois diminuem o lançamento dos dejetos humanos diretamente em rios, lagos e nascentes ou mesmo na superfície do solo. O seu uso é essencial para a melhoria das condições de higiene das populações rurais e de localidades não servidas por redes de coleta pública de esgotos.

A fossa séptica consiste em um tanque enterrado, que recebe os esgotos (desejos e águas servidas), retém a parte sólida e inicia o processo biológico de purificação da parte líquida (efluente). Mas é preciso que esses efluentes sejam filtrados no solo para completar o processo biológico de purificação e eliminar o risco de contaminação.

Investir em saneamento básico num país onde a maioria da sua população não tem assistência médica primária ou básica, o país ganharia muito mais na construção de rede de esgotamento sanitário, estações de tratamento de dejetos e calçamentos. Mas, as prioridades nacionais são as construções de arenas futebolísticas. Investir em campos de várzea seria muito mais importante para a formação dos nossos futuros atletas.

Não há nenhum exagero em afirmar que no Brasil os nossos governantes trabalham invertendo prioridades.

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