segunda-feira, 30 de novembro de 2020

A esquerda brasileira precisa rever suas contradições para depois pensar em se reinventar

 

A esquerda brasileira precisa passar por um rigoroso processo de avaliação sobre os seus erros e acertos sob os sucessivos governos do Partido dos Trabalhadores (PT). Sem esse mergulho nas suas profundezas, a esquerda nacional não terá como se reinventar e se apresentar ao povo brasileiro como algo novo ou renovado.

As sucessivas derrotas que vem acumulando a esquerda brasileira, representada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) é motivo para que o campo democrático pare e pondere sobre os sinais emitidos pelo eleitor brasileiro que assim como conduziu o PT e os seus aliados próximos ao poder e o manteve no poder por quase duas décadas, os está afastando do poder e sem chances de num curto prazo, a esquerda vir a recuperá-lo.

A não eleição de nenhum petista prefeito de uma das capitais brasileiras, nem no primeiro e nem no segundo turno das eleições municipais deste ano são recados enviados à esquerda brasileira no sentido de ela se reinventar para poder se apresentar ao povo brasileiro com um projeto político capaz de convencê-lo.

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), poderá desempenhar o papel de aglutinador dos partidos de esquerda e assumir um protagonismo, antes confiado ao PT que no poder se perdeu e acabou descaracterizado, desmoralizado e desacreditado. O PT com essas suas lideranças que representam um passado recente, não reunirá condições mínimas necessárias para fazer um autocritica, fazer uma mea culpa e propor sua refundação. Um nome que poderia ser convocado para desempenhar o papel de líder de um processo de reconstrução do PT é o do gaúcho Olívio Dutra, que é visto dentro e fora do PT como um político ético, sem macula e com estofo moral e político capaz de recolocar o PT de volta aos trilhos da moralidade e da honradez.

Nem Lula, nem Zé Dirceu e muito menos Dilma Rousseff, reúnem às condições mínimas necessárias para reabilitar um partido que levado pela ânsia de poder das suas principais lideranças, mergulhou de cabeça no mundo da corrupção, da dissimulação e da sem cerimônia. Passando a adotar no poder as mesmas práticas dos partidos convencionais e das velhas raposas políticas. E deu no que deu!

Por Tomazia Arouche

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