A prefeitura originalmente é uma circunscrição comandada por um prefeito. Alguém eleito pelo povo através do voto popular, para administrar o espaço territorial que compreende o município. Quando afirmamos que a prefeitura não é um partido, isso significa que o político ao se eleger e ao tomar posse de um mandato, deixa de ser um membro desse ou daquele partido e passa a ser o chefe do Poder Executivo municipal, o que significa dizer que o prefeito eleito passa a ser o prefeito de todos. Com essa consciência, o político ao governar para todos derruba às barreiras que separam as pessoas e passa a vê o município que governa, como um município pacificado e unificado. Isso em tese, porque na realidade não é isso que ocorre em países periféricos e subdesenvolvidos como o nosso.
Em tese, porque no Brasil e quiçá no mundo inteiro, o prefeito, o governador e o presidente da república, a começar pela formação do secretariado e dos ministérios, não leva em consideração o mérito como principal critério para determinar a escolha do profissional ou técnico que irá auxiliá-lo.
No Brasil, as administrações públicas, sobretudo as municipais, são marcadas pela divisão, com o prefeito de plantão, governando com e para os seus companheiros de partidos, parentes, financiadores da campanha e cabos eleitorais. Isso talvez explique o atraso crônico deste país.
Nos grotões e no Brasil profundo, a divisão política fica muito mais evidente, porque o prefeito para se manter no poder e no comando do partido ao qual é filiado, governa insistimos, para determinados grupos e pessoas, invariavelmente, parentes, amigos próximos, apoiadores, cabos eleitorais e principalmente para os financiadores de campanha que são realmente quem determina as ações do chefe do Poder Executivo municipal.
O prefeito que governa para todos é o mundo ideal. Já, o prefeito que governo para pequenos grupos é o mundo real.
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