O Brasil, com o advento da pandemia do novo coronavírus escancarou um problema que vinha sendo maquiado, desde que o sociólogo Herbert de Souza (Betinho) colocou na agenda nacional, o flagelo da fome que mata muitos brasileiros anualmente de subnutrição.
Com o movimento Ação da cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, o sociólogo mineiro Herbert de Souza mobilizou o país para enfrentar a pobreza e as desigualdades.
Já se vão 23 anos daquele tempo em que Betinho fez um apelo, criou consciência nas pessoas e estabeleceu uma rede de solidariedade, capaz de sensibilizar o presidente da república Itamar Franco. A indigência havia alcançado níveis alarmantes, agravando ainda mais o quadro de pobreza que sempre caracterizou a realidade brasileira. O mapa do Ipea indicava 32 milhões de brasileiros abaixo da linha da pobreza.
De lá para cá, muito já foi feito para que o Brasil se livrasse do flagelo da Fome e da Miséria, através de programas sociais como o Bolsa Escola e o Bolsa Família, programas esses necessários, mas insuficientes para erradicar esse desastre que mantém este país na humilhante condição de um país subdesenvolvido, onde milhões de brasileiros em pleno século XXI ainda vivem abaixo da linha da pobreza.
Com o aumento da miséria e o crescimento do exército de desvalidos em todo país, eis que urge recriarmos a Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, inspirada no movimento pela Ética na Política criado por Betinho e os seus companheiros do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE).
Quem anda pelas periferias das grandes e médias cidades brasileiras se depara com uma realidade triste, humilhante e ultrajante, onde as pessoas convivem em barracos feitos de papelão, sobre córregos a céu aberto e lugares infestados de mosquitos ou pernilongos. Com os seus moradores vivendo de biscates ou com um pequeno auxílio do Bolsa Família.
Se nada for feito no sentido de reduzirmos a miséria e a reprodução da pobreza, logo nós iremos conviver com convulsões sociais no campo e nas cidades. Fica o alerta!
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