Nós estamos assistindo no Brasil à carnavalização da Covid-19. Carnavalização que é fazer no cotidiano alguma coisa semelhante ao carnaval. É ‘a banalização do sério’, a profanação do sagrado e a inversão dos valores estabelecidos. Uma ironia grotesca com objetivo da alegria a qualquer preço. Tem muita gente no Brasil carnavalizando a Covid-19 e se promovendo às custas dessa pandemia, usando essa terrível doença para se promover com muito estardalhaço, politicamente.
O governador do estado de São Paulo, João Doria em que pese o seu empenho no combate esse terrível mal e ter forçado o governo federal a comprar vacinas e iniciar, embora tardiamente e prosseguir muito lentamente o processo de vacinação em todo o país, exagera na divulgação dos resultados da Covid-19 ao estar quase que diariamente com todo o seu entourage diante das câmeras de televisão para falar sobre o novo coronavírus. A superexposição da imagem acaba cansando o telespectador.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello a partir do momento em que resolveu levar à sério essa campanha de vacinação em massa, age em cada evento de lançamento dessa campanha, como se fosse um cabo eleitoral em plena campanha política. A campanha de vacinação contra o novo coronavírus que para se transformar num grande carnaval fora de época, só falta a presença de trios elétricos e escolas de samba nas ruas. As bandeirolas já estão tremulando nas ruas de todo país nos carros que transportam vacinas.
Cada vacina de uma pessoa idosa é festejada como se o Brasil tivesse conquistado mais um título da Copa do Mundo, tamanha a euforia das nossas autoridades sanitárias, governamentais e o povo que está sendo usado como massa de manobra. O povo que participa desses eventos como claque.
O governador do Piauí é outro político que está usando essa vacinação que está ainda no seu estágio inicial para se promover e aparecer aos olhos do país como um grande líder. Uma coisa que Wellington Dias não conseguiu sequer no seu estado, pois ocorre que nos seus quatro de governos os resultados apresentados são pífios e o Piauí continua patinando no atraso secular.
Em duas décadas de governo do Partido dos Trabalhadores (PT), este estado continua sendo o último vagão da locomotiva Brasil. Em quase 20 anos de governos nacional e estadual do PT o Piauí não conseguiu romper com o atraso. O estado do Piauí que sob os governos de Wellington Dias, não construiu um porto marítimo, nunca concluiu a estrada Transcerrado, a principal via de escoamento da sua produção de grãos do Piauí e a saúde e a educação continuam sendo verdadeiros desastres. No interior o melhor hospital continua sendo as ambulâncias.
Nos países civilizados, a vacinação ocorre naturalmente, sem barulho, sem falsa alegria e sem um ar festivo. No Brasil cada pessoa idosa que é vacinada é um flash.
Os secretários de saúde, esses merecem um capítulo à parte. Futuramente nós falaremos sobre esses obscuros personagens.
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