O tempo que vivemos exige de cada um de nós, compromisso com a solidariedade, a caridade, a piedade e a fraternidade, de modo a que possamos reduzir os efeitos de uma pandemia, que além dos milhares de mortes já provocadas, ainda por cima provoca a morte de milhares de empregos que retiram do trabalhador os meios necessários para que ele e a sua família possam viver com um mínimo de dignidade.
O tempo atual de pandemia clama pelos valores de esperança, caridade, piedade e solidariedade em todas as pessoas que tenham fé. As quatro virtudes que se transformam em atitudes devem caminhar juntas na vivência pessoal, comunitária e social, de doação de vida sobre a morte. São Paulo afirma que “a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Romanos 5,5). É tempo também de vida fraterna e, sobretudo, de olhar aos mais necessitados. A solidariedade se refere à ajuda que é dada para as pessoas mais carentes neste tempo de pandemia da Covid 19. O Senhor nos diz: “Todas as vezes que fizestes isso a um destes pequeninos que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes” (Mateus 25, 40). O tempo é de graça e a palavra de Cristo ilumina a ação com coragem, mesmo diante do sofrimento, de nos voltar ao amor a Deus, ao próximo, como a si mesmo.
Os atos de solidariedade, caridade, piedade e fraternidade são a fé colocada em movimento, em ação prática e voltada para o outro, para o próximo. A caridade também atende pelo nome de piedade e refere-se às mais variadas práticas e expressões de amor incondicional ao outro. Falar de caridade é falar de amor. Uma coisa não existe sem a outra e se uma pessoa deseja ser caridosa, precisa estar disposta a amar.
A solidariedade, a caridade, a piedade e a fraternidade devem começar pelos nossos governantes. Neste momento, o Brasil precisa salvar vidas e empregos, mas, elegendo prioridades e a prioridade neste instante é o combate sem trégua ao novo coronavírus, porque o trabalhador não pode colocar em risco a sua vida, mesmo que o emprego lhe seja absolutamente indispensável. Mas não podemos perder de vista que mais indispensável que o trabalho é a vida. Daí a importância de os governos neste momento priorizarem o auxílio às pessoas mais vulneráveis e necessitadas.
Aqui vale uma observação: os recursos usados pelos nossos governantes para auxiliar os nossos irmãos - são recursos do Tesouro Nacional, daí não serem incluídos no rol das boas ações ou ações altruístas. Aos governos cabe proteger o cidadão com os meios de que os estados brasileiros dispõem.
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