Numa eventual candidatura do atual deputado estadual e “presidente vitalício” da Assembleia Legislativa do estado do Piauí (ALESPI), Themistocles Filho a vice-governador numa chapa encabeçada pelo petista Rafael Fonteles, esse parlamentar estadual piauiense correrá o sério risco de ficar sem mandato de deputado estadual e também perder a presidência da Assembleia Legislativa, com a derrota da chapa da qual fará parte esse parlamentar emedebista, segundo comenta-se. Este último um cargo que esse parlamentar ocupa pela sétima vez seguida.
Não custa nada insistir na tese da fadiga de material ou fadiga mecânica que acontece em função da ruptura progressiva de materiais sujeitos a ciclos repetidos de tensão ou deformação. Um fenômeno que contribuiu decisivamente para a derrota do candidato Kleber Montezuma na disputa pela sucessão municipal da capital piauiense em 2020. Como candidato a vice-governador numa chapa encabeçada pelo PT, a chance de Themistocles Filho ficar sem mandato é real, haja vista, o PT buscar uma quinta eleição para governador num espaço de 20 anos.
Na derrota do professor Kleber Montezuma para o médico Dr. Pessoa, essa derrota se deu pelo longo tempo que o PSDB permaneceu no comando político e administrativo de Teresina, capital do estado Piauí. Foram quase 40 anos de mando tucano nessa capital, o que acabou cansando o eleitor teresinense, que ao eleger Pessoa, prefeito da capital, inaugurou um novo ciclo político no maior e mais importante município piauiense.
O eleitor acaba cansando de um partido e dos políticos que formam o partido, devido ao longo tempo que esse ou aquele partido permanece no poder. O que numa democracia não é comum, porque o que caracteriza uma democracia é a alternância de poder.
É óbvio que existem democracias das mais modernas que contrariam essa lógica, como por exemplo, a Inglaterra, onde o Partido Conservador, liderado pela primeira-ministra Margaret Thatcher ficou 11 anos no poder. Thatcher que comandou o governo britânico entre 1979 e 1990, sendo substituída pelo líder do Partido Trabalhista, Tony Blair que foi primeiro ministro britânico de 1997 a 2007, e líder do seu partido entre 1994 e 2007. Isso numa verdadeira democracia é uma exceção.
O Partido dos Trabalhadores (PT) que há 20 anos está no poder no estado do Piauí, tudo sugere que terá a mesma sorte do PSDB, ou seja, sairá derrotado na disputa pela sucessão da então governadora Regina Sousa, que dificilmente disputará sua sucessão, porque o dono do PT no Piauí, Wellington Dias, já escolheu o seu candidato à sucessão estadual: o economista e atual secretário de Fazenda, Rafael Fonteles. Um jovem político, mas que herdará o legado de um partido que envelheceu no poder. Nenhum marqueteiro é bom o suficiente para combater e vencer um bem estruturado discurso de mudança, o que cabe na eleição do próximo ano.
Se o PT insistir em querer lançar candidatura própria ao governo do estado em 2021, insistimos: poderá perder os anéis e os dedos. Quem viver verá!
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