Nenhum governante conseguirá se manter no poder, se a economia e a classe média sob seu governo não vão bem. É inegável que a reeleição de Luís Inácio Lula da Silva e a primeira eleição de Dilma Rousseff deveu-se ao bom momento que vivia a economia brasileira durante os primeiros governos Lula e Dilma Rousseff.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), O período de junho de 2003 a julho de 2008 foi a fase de maior expansão para a economia brasileira das últimas três décadas, indica estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A classe média seguia crescendo no Brasil, atingindo 54% em 2011, frente aos 53% de 2010 e os 34% de 2004, de acordo com um estudo divulgado pela Cetelem BGN e pelo Instituto Ipsos.
Para alguns economistas e jornalistas políticos, se a economia brasileira continuar derretendo e a classe média diminuindo, numa eventual disputa pela sua reeleição, o presidente da república Jair Messias Bolsonaro, só será votado pelos seus apoiadores mais fiéis, embora com uma votação expressiva, mas insuficiente para levá-lo ao segundo turno.
Após amargar uma recessão em 2020, a economia brasileira deve crescer 4% em 2021, e o PIB industrial, 4,4%. No entanto, a recuperação brasileira tem sido heterogênea, com setores acima do nível pré-pandemia e setores ainda abaixo desse nível. Isso se explica com a última divulgação do bom resultado do PIB, mas em contrapartida o desemprego continua aumentando e a inflação voltou a assustar o povo brasileiro que já estava acostumado a viver num país sem o pesadelo de uma inflação que corrói os salários e que afeta diretamente a população mais pobre.
Convém sempre lembrar que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um período determinado, não significa necessariamente a melhoria da condição de vida do povo, porque não reflete na criação de novos empregos e na distribuição de renda.
A propósito, é evidente que a classe média desempenha um papel preponderante na vida de uma nação que adota uma política liberal e vive sob um regime democrático. É a classe média que sustenta o consumo e a arrecadação de impostos, viabilizando, por exemplo, as políticas públicas de proteção social e impulsiona o investimento em áreas fundamentais, como educação, saúde, moradia e influi decisivamente no conjunto da sociedade.
Numa eleição para presidente, para governador e para o parlamento, a classe média tem um enorme poder de influência, porque é uma classe com um elevado nível de conscientização.
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