segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Brasil está mais para México do que para EUA

Um país que convive com um poder paralelo, com duas policias militar, uma oficial e a outra clandestina, no caso a milícia. Um país cujo maior empregador é o narcotráfico. Um país onde as polícias militar e civil não tem o preparo e os meios para combater em pé de igualdade o crime organizado e o não organizado, não pode se arvorar de país decente e muito menos de querer ser a palmatória do mundo, como nos tentar fazer crer, Sua Excelência, o presidente da república Luís Inácio Lula da Silva.

Uma série de reportagens que vão ser veiculadas pela rede Record, sobre a violência no México mostrará uma cidade que fica localizada na fronteira com os EUA, onde nos finais de semana morrem cinco pessoas em média. No estado do Piauí, no final de semana anterior a esse que passou, 16 corpos deram entrada no Instituto de Medicina Legal (IML). O que nos coloca no mesmo ranking da cidade mexicana.

No município de Guaribas (PI), o lugar escolhido pelo presidente Lula para ser o laboratório do falecido programa Fome Zero, 96% das famílias dependem para sobreviver, do programa Bolsa Família, o que revela o aumento da pobreza em nosso país, de maneira bastante significativa. Por que o normal seria a diminuição do números de famílias cadastradas nesse programa se o nosso país estivesse realmente crescendo e se desenvolvendo. O que seria um forte indício de que a pobreza no Brasil estaria diminuindo. Mas se o número de dependentes do Bolsa Família aumenta em todo o país, ao contrario do que dizem os donos do poder, o nosso país está cada vez mais miserável. Isso é um fato.

Quando falo em mudança, até mesmo com o tucano José Serra, é por absoluta falta de alternativa, uma vez que nós não podemos contar com uma terceira via, com um candidato que não seja uma continuação do petismo e nem tão pouco do tucanato. A candidata do Partido Verde (PV), a senadora Marina Silva (PV-AC), na qual os descontentes com os petistas e tucanos passaram a apostar todas as suas fichas, não convence ninguém, com o seu discurso edulcorado, do tipo ficar de bem com todos. O que na política é absolutamente impossível, a não ser que o candidato em questão, não alimente o desejo de ganhar, de sair vitorioso.

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