No Brasil, o servidor público finge que trabalha e o governo finge que lhe paga bem. É claro que eu estou em referindo ao barnabé, ao chão dos gabinetes decorados com tapetes persas. É também óbvio, ululante até, que o andar de cima fatura salários dignos de países de primeiro mundo e trabalha pouco, quando trabalha.
No Poder Judiciário, por exemplo, e no Ministério
Público foi instituída à semana paraguaia, ou seja, a semana de três dias - que
começa na terça-feira e termina na quinta-feira. As exceções nesse caso são os juízes
e promotores de justiça que residem nas suas próprias comarcas. O que é raro,
mas acontece.
Nós elegemos parlamentares para defender os nossos interesses
e o que a maioria esmagadora faz é defender os seus próprios interesses, o que
implica defender os interesses daqueles que bancaram suas candidaturas. No
Congresso Nacional, também existe as honrosas exceções. Nas assembleias legislativas
menos e nas câmaras municipais, muito menos. O nosso parlamentar, além de
trabalhar pouco, o pouco que trabalha ainda é via de rega, contra os interesses
da plebe rude.
No Poder Executivo, com destaque para o Poder Executivo municipal,
as exceções são representadas pelos servidores que se identificam com a
oposição. Esses trabalham dobrado.
Uma instituição onde todo mundo trabalha e produz grandes
resultados para o país é a Polícia Federal. E os seus agentes e delegados
trabalham anonimamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário