quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O que seria de nós sem as honrosas exceções?


No Brasil, o servidor público finge que trabalha e o governo finge que lhe paga bem. É claro que eu estou em referindo ao barnabé, ao chão dos gabinetes decorados com tapetes persas. É também óbvio, ululante até, que o andar de cima fatura salários dignos de países de primeiro mundo e trabalha pouco, quando trabalha.

No Poder Judiciário, por exemplo, e no Ministério Público foi instituída à semana paraguaia, ou seja, a semana de três dias - que começa na terça-feira e termina na quinta-feira. As exceções nesse caso são os juízes e promotores de justiça que residem nas suas próprias comarcas. O que é raro, mas acontece.

Nós elegemos parlamentares para defender os nossos interesses e o que a maioria esmagadora faz é defender os seus próprios interesses, o que implica defender os interesses daqueles que bancaram suas candidaturas. No Congresso Nacional, também existe as honrosas exceções. Nas assembleias legislativas menos e nas câmaras municipais, muito menos. O nosso parlamentar, além de trabalhar pouco, o pouco que trabalha ainda é via de rega, contra os interesses da plebe rude.  

No Poder Executivo, com destaque para o Poder Executivo municipal, as exceções são representadas pelos servidores que se identificam com a oposição. Esses trabalham dobrado.

Uma instituição onde todo mundo trabalha e produz grandes resultados para o país é a Polícia Federal. E os seus agentes e delegados trabalham anonimamente.   

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