“O
postulado do livre-arbítrio é indispensável para considerar o seguimento de
toda ação repressiva. Pois o consumo do fruto proibido, a desobediência, o erro
cometido no Jardim das Delícias decorre de um ato voluntário, portanto suscetível
de ser repreendido e punido. Adão e Eva podiam não pecar, pois foram criados
livres, mas preferiram o vício à virtude. Assim pode-se pedir-lhes prestação de
contas. Até mesmo fazê-los pagar. E deus não deixa de fazê-lo, condenando-os;
eles e seus descendentes, ao pudor, à vergonha, ao trabalho forçado, ao parto
com dor, ao sofrimento, ao envelhecimento, à submissão das mulheres aos homens,
à dificuldade de toda intersubjetividade sexuada”. (Michel Onfrey)
Michel Onfrey é um filósofo francês autor do livro Tratado
de Ateologia, onde esse pensador europeu tenta abrir a mente das pessoas que não
conseguem desenvolver uma visão crítica sobre os escritos contidos na bíblia
sagrada. Um tipo de manual e de código de boas maneiras e um comportamento ajustado
aos interesses do poder dominante. A bíblia sagrada que prega o medo, o
conformismo e a resignação. Três elementos que tornam a pessoa humana, um ser
despersonalizado. Sem vontade própria, sem personalidade e infantilizada. Uma
pessoa doente, porque fragilizada, tomada por um medo inexistente e introduzido
na pessoa humana na forma de um vírus. A bíblia é uma fantasia organizada e uma
grande mentira propagada. Tanto isso é verdade que bandidos, criminosos
sanguinários, corruptos e corruptores assistem missas regularmente, comem hóstia
(o corpo do senhor), se ajoelham, rezam e fazem confissão. E no minuto seguinte
voltam às mesmas práticas. A pedofilia e a pederastia na Igreja Católica são bastante
comuns nessa igreja que mandou saquear bens e matar em nome de deus. “A religião
não é uma questão de razão, mas de fé”.
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