segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

O instituto da delação premiada não pode ser banalizado

O uso da colaboração premiada pela Operação Lava Jato está mais do que provado que é um grande instrumento para conseguir obter informações que ajudam a fechar o cerco em torno dos tubarões da corrupção no Brasil, mas não são todos os presos sob suspeitas que devem receber esse benefício, porque senão, ninguém vai ser preso e quando for receberá uma pena que não corresponde aos seus crimes.
 
O instituto da delação premiada, cujo objetivo é possibilitar a desarticulação de quadrilhas, bandos e organizações criminosas, facilitando a investigação criminal e evitando a prática de novos crimes, talvez seja o instrumento mais eficiente e eficaz que o Poder Judiciário dispõe para botar a mão nos peixes graúdos da contravenção e do roubo em nosso país. Mas é precioso ter muito cuidado para ele não acabar beneficiado corruptos que por mais que ajudem a colocar por trás das grades políticos e empresários que enriqueceram através do pagamento e recebimento de propina, tem contas a pagar com a justiça.   

A propósito, o povo brasileiro deve ficar muito atento a toda a movimentação que está ocorrendo nos salões atapetados dos poderes em Brasília, para que a morte da Operação Lava Jato não seja decretada. A morte do ministro Teori Zavascki poderá criar o ambiente propício a armação de jogadas nada republicanas para ajudar parlamentares que constam da lista das empreiteiras que aceitaram o benefício da delação premiada, se livrarem da cassação dos seus mandatos e da prisão.

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