O uso da colaboração premiada pela
Operação Lava Jato está mais do que provado que é um grande instrumento
para conseguir obter informações que ajudam a fechar o cerco em torno
dos tubarões da corrupção no Brasil, mas não são todos os presos sob
suspeitas que devem receber esse benefício, porque senão, ninguém vai
ser preso e quando for receberá uma pena que não corresponde aos seus
crimes.
O instituto da delação premiada,
cujo objetivo é possibilitar a desarticulação de quadrilhas, bandos e
organizações criminosas, facilitando a investigação criminal e evitando a
prática de novos crimes, talvez seja o instrumento mais eficiente e
eficaz que o Poder Judiciário dispõe para botar a mão nos peixes graúdos da contravenção e do roubo em nosso país. Mas
é precioso ter muito cuidado para ele não acabar beneficiado corruptos
que por mais que ajudem a colocar por trás das grades políticos e
empresários que enriqueceram através do pagamento e recebimento de
propina, tem contas a pagar com a justiça.
A propósito, o povo
brasileiro deve ficar muito atento a toda a movimentação que está
ocorrendo nos salões atapetados dos poderes em Brasília, para que a
morte da Operação Lava Jato não seja decretada. A morte do ministro
Teori Zavascki poderá criar o ambiente propício a armação de jogadas
nada republicanas para ajudar parlamentares que constam da lista das
empreiteiras que aceitaram o benefício da delação premiada, se livrarem
da cassação dos seus mandatos e da prisão.
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