terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Relator da Lava Jato não pode ter inclinação política

Na segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) três nomes são identificados com partidos políticos, a começar pelas suas escolhas e nomeações. O ministro Gilmar Mendes foi escolhido e nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Quem escolheu e nomeou o ministro Ricardo Lewandowski foi o presidente Luís Inácio Lula da Silva. O ministro Dias Toffoli foi escolhido e nomeado pela presidenta Dilma Rousseff. O ministro Celso de Mello foi escolhido pelo advogado Saulo Ramos e nomeado pelo presidente José Sarney no distante ano de 1989.

O ministro Gilmar Mendes pela maneira como se posiciona no debate político brasileiro na atualidade, revela tendência pró governo e simpatia pelo PSDB.

O ministro Ricardo Lewandowski pela sua relação de amizade com a família do ex-presidente Lula que o escolheu e nomeou ministro do STF é identificado com um simpatizante do PT.

O ministro Dias Toffoli, um ex-funcionário do Partido dos Trabalhadores e escolhido e nomeado pela presidenta Dilma Rousseff, também é tido como um simpatizante do PT.

Já o ministro Celso de Mello é visto pela sociedade como um juiz sem inclinação para nenhum dos nossos partidos. Isso o credencia para ser o relator da Operação Lava Jato, porque é visto como um ministro neutro. 

A propósito, a escolha e nomeação de ministros da Suprema Corte pelo presidente da república, por mais que o ministro escolhido se revele independente como foi o ministro aposentado Joaquim Barbosa no julgamento do Mensalão (quando houve cobrança explícita de gratidão), sempre existirá a suspeita de que o ministro escolhido e nomeado pelo presidente de plantão, a qualquer momento poderá demonstrar sua gratidão para quem lhe deu um emprego vitalício.

Todos os ministros são pessoas sérias e comprometidas com o país, mas, o povo nunca consegue deixar de liga-los a quem os escolheu e nomeou.

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