Na segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) três nomes
são identificados com partidos políticos, a começar pelas suas escolhas e nomeações.
O ministro Gilmar Mendes foi escolhido e nomeado pelo presidente Fernando
Henrique Cardoso. Quem escolheu e nomeou o ministro Ricardo Lewandowski foi o presidente
Luís Inácio Lula da Silva. O ministro Dias Toffoli foi escolhido e nomeado pela
presidenta Dilma Rousseff. O ministro Celso de Mello foi escolhido pelo advogado
Saulo Ramos e nomeado pelo presidente José Sarney no distante ano de 1989.
O ministro Gilmar Mendes pela maneira como se posiciona no
debate político brasileiro na atualidade, revela tendência pró governo e simpatia
pelo PSDB.
O ministro Ricardo Lewandowski pela sua relação de amizade
com a família do ex-presidente Lula que o escolheu e nomeou ministro do STF é
identificado com um simpatizante do PT.
O ministro Dias Toffoli, um ex-funcionário do Partido dos
Trabalhadores e escolhido e nomeado pela presidenta Dilma Rousseff, também é
tido como um simpatizante do PT.
Já o ministro Celso de Mello é visto pela sociedade como
um juiz sem inclinação para nenhum dos nossos partidos. Isso o credencia para
ser o relator da Operação Lava Jato, porque é visto como um ministro neutro.
A propósito, a escolha e nomeação de ministros da Suprema
Corte pelo presidente da república, por mais que o ministro escolhido se revele
independente como foi o ministro aposentado Joaquim Barbosa no julgamento do Mensalão
(quando houve cobrança explícita de gratidão), sempre existirá a suspeita de que
o ministro escolhido e nomeado pelo presidente de plantão, a qualquer momento
poderá demonstrar sua gratidão para quem lhe deu um emprego vitalício.
Todos os ministros são pessoas sérias e comprometidas com
o país, mas, o povo nunca consegue deixar de liga-los a quem os escolheu e
nomeou.
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