“O Brasil só terá alguma chance
de virar uma nação séria e comprometida com a moralidade e a ética se passar
por um choque ou mudança cultural, com uma inversão de valores, onde a corrução
seja vista como um mal a ser combatido sistematicamente”. (Tomazia Arouche)
Essa
escola a que me refiro é a nação brasileira. Eu explico: ocorre que o político
brasileiro, via de regra e com as exceções de praxe, aprende a praticar
corrupção na atividade parlamentar. Muitos são cooptados por empreiteiros,
empresários corruptos e servidores públicos que fazem parte de um esquema de
corrupção montado para assaltar os cofres públicos.
As nossas
cadeias, que em tese existem para abrigar os condenados pela justiça e nelas se
ressocializarem, para depois de cumprida a pena voltarem ao convívio social não
desempenham o papel que deveriam desempenhar, muito pelo contrário.
Sociólogos,
antropólogos, assistentes sociais e autoridades comprometidas com a recuperação
dos presos - são unânimes em afirmar que as cadeias brasileiras são verdadeiras
escolas do crime e da violência.
Costuma-se
se dizer no Brasil que o preso liberto sai da cadeia pior do que entrou.
Acontece que lá dentro do presídio, o tratamento geralmente é desumano e os
presos com muitos anos de cadeia funcionam como verdadeiros instrutores do
crime. Muitos até com formação política que explicam para os novatos como
funciona o sistema carcerário e a política nacional e como sobreviver em meia a
feras.
O
Mensalão e o Petrolão, para ficar só nesses dois megas escândalos não
foram idealizados por simples marginais, mas por políticos dos maiores partidos
do governo de plantão para viabilizarem um projeto de poder nada modesto - de
pelo menos 20 anos.
No Brasil nós não investigamos
para depois prender. Nós prendemos primeiro para depois investigar.
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