sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Uma grande escola de corrupção e violência



“O Brasil só terá alguma chance de virar uma nação séria e comprometida com a moralidade e a ética se passar por um choque ou mudança cultural, com uma inversão de valores, onde a corrução seja vista como um mal a ser combatido sistematicamente”. (Tomazia Arouche)

Essa escola a que me refiro é a nação brasileira. Eu explico: ocorre que o político brasileiro, via de regra e com as exceções de praxe, aprende a praticar corrupção na atividade parlamentar. Muitos são cooptados por empreiteiros, empresários corruptos e servidores públicos que fazem parte de um esquema de corrupção montado para assaltar os cofres públicos.    

As nossas cadeias, que em tese existem para abrigar os condenados pela justiça e nelas se ressocializarem, para depois de cumprida a pena voltarem ao convívio social não desempenham o papel que deveriam desempenhar, muito pelo contrário.
 Sociólogos, antropólogos, assistentes sociais e autoridades comprometidas com a recuperação dos presos - são unânimes em afirmar que as cadeias brasileiras são verdadeiras escolas do crime e da violência.

Costuma-se se dizer no Brasil que o preso liberto sai da cadeia pior do que entrou. Acontece que lá dentro do presídio, o tratamento geralmente é desumano e os presos com muitos anos de cadeia funcionam como verdadeiros instrutores do crime. Muitos até com formação política que explicam para os novatos como funciona o sistema carcerário e a política nacional e como sobreviver em meia a feras. 
 
O Mensalão e o Petrolão, para ficar só nesses dois megas escândalos não foram idealizados por simples marginais, mas por políticos dos maiores partidos do governo de plantão para viabilizarem um projeto de poder nada modesto - de pelo menos 20 anos.

No Brasil nós não investigamos para depois prender. Nós prendemos primeiro para depois investigar.

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